SALVE IMACULADA CONCEIÇÃO, A NOSSA AMADA MAMÃE OXUM
“Oxum é o amor-doação, o
equilíbrio emocional, a misericórdia e compaixão. Mãe das águas doces, Oxum
possui uma força de penetração fora do comum na natureza humana: é a psicóloga
nata. Corresponde à nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia,
complacência e reprodução (não necessariamente reproduzir no sentido físico, mas
no emocional que liga a mãe ao rebento vindouro). É a mãe que cuida do feto
durante toda a gestação, e entrega-o a Iemanjá, na hora do nascimento, para
cumprir a sua missão na vida. O amor-doação de Oxum é aquele que faz a caridade
ao próximo, que agasalha, alimenta e reconforta.
Em O Evangelho Segundo o
Espiritismo (capítulo 6), Jesus, o psicólogo das almas, diz: "Vinde a
mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos aliviarei, porque o meu
fardo é leve e o meu jugo suave". Em Mateus: 25, volta a dizer: "Vinde, benditos
de meu Pai, possuí o Reino que vos está preparado desde o princípio, porque eu
estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber;
andava estranho e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estava doente, e me
visitastes; estava preso e me viestes ver". E ao ser abordado pelos justos:
"Quando foi, Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente ou
preso, e te acudimos?",
Jesus respondeu: "Em verdade vos
digo, tudo o que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim é que o
fizestes!".
Portanto, o Cristo interno não
despertará em nós, se não ajudarmos a despertar externamente o Cristo no
próximo. Essa é a grande Lei da Polaridade Cósmica. São Francisco,
Gandhi, Chico Xavier, e tantos
outros, encontrando o Cristo nos outros, encontraram-no em si
próprios.
Esta é a máxima da caridade:
auxiliar e servir aos necessitados, porque só assim estaremos realizando a
caridade em nós mesmos. Conforme disse São Francisco de Assis: "É dando que se
recebe, é perdoando que se é perdoado".
Há mais felicidade em dar do que
em receber. O beneficiado recebe o bem que eu faço, mas o benfeitor se torna bom
pelo bem que faz, e antes de realizar qualquer bem no outro, ele o realiza em si
mesmo. O amor se manifesta por meio da caridade; sendo assim, o meu amor cresce
com a minha caridade.
São Francisco beijou as chagas
fétidas de um leproso, escolheu o sofrido e ínfimo irmão de Jesus e, nesse
momento, realizou em si o nascimento de Cristo, rompendo a rigidez que o
separava de sua verdadeira auto-realização. Ao romper com o ego humano, exultou
o Eu Divino.”
(Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” –
Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)