PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho - OXUM


SALVE IMACULADA CONCEIÇÃO, A NOSSA AMADA MAMÃE OXUM


“Oxum é o amor-doação, o equilíbrio emocional, a misericórdia e compaixão. Mãe das águas doces, Oxum possui uma força de penetração fora do comum na natureza humana: é a psicóloga nata. Corresponde à nossa necessidade de equilíbrio emocional, concórdia, complacência e reprodução (não necessariamente reproduzir no sentido físico, mas no emocional que liga a mãe ao rebento vindouro). É a mãe que cuida do feto durante toda a gestação, e entrega-o a Iemanjá, na hora do nascimento, para cumprir a sua missão na vida. O amor-doação de Oxum é aquele que faz a caridade ao próximo, que agasalha, alimenta e reconforta.

Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo 6), Jesus, o psicólogo das almas, diz: "Vinde a mim todos vós, que estais cansados e aflitos, e vos aliviarei, porque o meu fardo é leve e o meu jugo suave". Em Mateus: 25, volta a dizer: "Vinde, benditos de meu Pai, possuí o Reino que vos está preparado desde o princípio, porque eu estava com fome, e me destes de comer; estava com sede e me destes de beber; andava estranho e me acolhestes; estava nu e me vestistes; estava doente, e me visitastes; estava preso e me viestes ver". E ao ser abordado pelos justos: "Quando foi, Senhor, que te vimos com fome, com sede, estranho, nu, doente ou preso, e te acudimos?",

Jesus respondeu: "Em verdade vos digo, tudo o que fizestes ao menor de meus irmãos, a mim é que o fizestes!".

Portanto, o Cristo interno não despertará em nós, se não ajudarmos a despertar externamente o Cristo no próximo. Essa é a grande Lei da Polaridade Cósmica. São Francisco,

Gandhi, Chico Xavier, e tantos outros, encontrando o Cristo nos outros, encontraram-no em si próprios.

Esta é a máxima da caridade: auxiliar e servir aos necessitados, porque só assim estaremos realizando a caridade em nós mesmos. Conforme disse São Francisco de Assis: "É dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado".

Há mais felicidade em dar do que em receber. O beneficiado recebe o bem que eu faço, mas o benfeitor se torna bom pelo bem que faz, e antes de realizar qualquer bem no outro, ele o realiza em si mesmo. O amor se manifesta por meio da caridade; sendo assim, o meu amor cresce com a minha caridade.

São Francisco beijou as chagas fétidas de um leproso, escolheu o sofrido e ínfimo irmão de Jesus e, nesse momento, realizou em si o nascimento de Cristo, rompendo a rigidez que o separava de sua verdadeira auto-realização. Ao romper com o ego humano, exultou o Eu Divino.”


 
(Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

Jesus e os ensinamentos dos orixás contidos no Evangelho - IANSÃ


SALVE SANTA BÁRBARA - EPAHEI IANSÃ

 
"Iansã é o movimento, a necessidade de mudança, de deslocamento. Representa a rapidez de raciocínio (o raio), a coragem, lealdade e franqueza. Higieniza os pensamentos; atua nos campos santos, em auxílio aos desencarnados, e no despertar da consciência. Está ligada à orientação e à educação. Representa a luta contra as injustiças. Sua propensão é trazer equilíbrio às ações humanas. Atua junto com Xangô na Justiça, na aplicação da Lei Cósmica.

Quando o Mestre Jesus referiu-Se aos que estavam dispostos a apedrejar uma mulher adúltera em praça pública, dizendo-lhes: "Aquele que estiver sem pecado, que atire a primeira pedra", todos foram saindo em silêncio e O deixaram a sós com ela. Então, Ele a olhou bem no fundo de seus olhos e lhe disse: "Vá e não peques mais, para que não te aconteça coisa pior!".

Nesse momento, o Mestre manifestou novamente o "não julgar", a reflexão, a oportunidade de recomeçar e a necessidade de mudar de atitudes, para poder prosseguir na caminhada evolutiva.

Em outra passagem do Evangelho, diz Jesus: "Não vim trazer a paz, mas a divisão. Vim para lançar fogo à Terra; e o que é que desejo senão que ele se acenda?". Essa é uma atuação clássica da energia de Iansã, simbolizada no raio, como força da natureza. A idéia nova de Jesus encontrou resistência, incompreensão; trouxe à luz as verdades divinas sobre o reino dos céus, e incomodou a crença materialista de Sua época, que submetia o povo à violência e abusos das mais variadas ordens.

Quando "imolaram o homem" no martírio da cruz, pensaram que haviam resolvido a questão, mas a idéia de Jesus permanece até hoje, Seu chamado continua sendo A Boa Nova, a conquista do espírito sobre a matéria, a liberdade de ser, e não a escravidão do ter, a comunhão com o Criador, irradiando amor incondicional sobre todas as criaturas e a natureza. Ela nos instrui sobre as dificuldades dentro da própria família, as incompreensões por estarmos reunidos na carne, mas com etapas evolutivas diferentes, não partilhando da mesma crença.

Iansã é o fogo, posto que a mediunidade é um fogo sagrado, um dom que nos foi ofertado por Deus para corrigir nossas imperfeições e nos ensinar a amar e a servir com humildade. É o fogo da Criação, a capacidade de superar-se, porque as leis cósmicas não permitem estagnação por muito tempo: exigem a nossa evolução, ou seja, o potencial divino que habita cada ser necessita ser externado como chama viva, e não vibrar como brasa que não é alimentada, ou fagulha que se apaga. Por isso, temos o livre-arbítrio para escolher entre servir e amar, ou simplesmente ser uma

criatura acomodada e ociosa. A escolha é inteiramente nossa, e a responsabilidade também. A pressa de que o fogo se acenda é para que haja a transformação do homem, para que cessem as guerras e as divisões internas e externas, visto que a paz nasce dentro do coração do ser.

E segue Jesus, no Sermão do Monte: " Bem-aventurados os pobres e os aflitos...". "Bem aventurados os pacíficos e os simples de coração...". "Bem aventurados os sedentos de justiça e misericórdia...". É o despertar do homem de bem."



(Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)