PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

SOBRE AS CACHOEIRAS, AS MATAS, OS RIOS, AS PEDREIRAS VIRGENS, O MAR ETC...

Por Matta e Silva



Como vamos entrar, de agora por diante, somente com partes discriminativas e práticas, devemos chamar atenção dos umbandistas sobre os elementos cachoeiras, matas, mar, rios e pedreiras virgens, tão de uso para as nossas práticas ou rituais de cunho nitidamente mágico ou vibratório...

Os prezados irmãos umbandistas devem saber que esses lugares são sítios particularmente consagrados à Corrente Astral de Umbanda, desde épocas remotas, pelo Astral Superior.

É lamentável que inúmeros irmãos praticantes, por ignorância, façam desses sagrados ambientes elementais depósito de sujeiras, quer materiais, quer astrais (ou melhor: psíquico-astrais).

Sim! Porque é comum se verificar, nas cachoeiras, nas matas, nos rios etc., os mais absurdos, rasteiros e grosseiros materiais que por ali depositam a título de “preceitos” ou de oferendas.

É comum vêem-se panelas, alguidares, garrafas, fitas, velas, bruxas de pano, alfinetes, assim como rabadas de porco, carnes sangrentas, e até sangue puro de animais abatidos...

Isso é crassa ignorância, é cega maldade! É desconhecimento completo do valor sagrado, espiritual e vibratório desses sítios, dos que assim procedem.

Esses ambientes elementais, consagrados à Corrente Astral de Umbanda, não servem, ou melhor, não são próprios para sintonizarem com ondas de pensamentos sujos, negativos e ainda mais ligados a coisas materiais inferiores e relacionadas com os movimentos de magia negra!

Esses sítios de natureza limpa são condensadores de energia ou de correntes eletromagnéticas positivas. São, por isso mesmo, lugares indicados e propiciatórios para os reajustamentos vibratórios dos filhos-de-fé da Umbanda e devem merecer o respeito e o uso adequado.

Vamos inserir aqui a resposta que uma de nossas entidades militantes deu, em certa ocasião, a um desses filhos-de-fé, sobre o assunto. Foi uma resposta simples e adequada ao entendimento de quem perguntou, na época, ao Pai Ernesto, um “preto-velho” de fato e direito. A pessoa perguntou-lhe assim...

“Pergunta: As obrigações que fazemos nas cachoeiras, matas, mar etc., têm algum valor?...”

“Resposta do Pai Ernesto de Moçambique: No período da escravatura, devido ao rigor imposto pelos senhores que eram católicos, os escravos, não podendo praticar livremente os seus cultos, se refugiavam nesses lugares com essa finalidade, tornando-se assim, para eles, sítios sagrados e que no Astral Superior foi e ainda lhes é reconhecido como mercê.”

Por isso é que ainda determinam a seus filhos de terreiro ali comparecerem, a fim de que possam receber reajustamentos vibratórios”.

Ora, por essa resposta simples se vê que, de há muito, esses sítios foram consagrados, particularmente, à Corrente Astral de Umbanda, de vez que, pela parte de nossos índios, eles (esses citados sítios) já o eram desde os primórdios de sua raça...

Sabemos que os magos dos primitivos tupinambás, tupis-guaranis etc., os ditos como pajés (payés), caraíbas, e outros, costumavam consagrar em cerimônias mágicas de alta significação, certos recantos de rios, lagos, matas, praias, para a execução de ritos especiais e práticas secretas...

Assim, todos os médiuns umbandistas de fato, isto é, que tem um protetor de verdade, devem estar cientes de que, nas zonas vibratórias de uma cachoeira, de uma mata, de uma praia limpa, de um rio, não “habita” quiumba, ou melhor, nenhuma classe de espíritos atrasados faz pousada e nem sequer pode se aproximar, porque esses sagrados ambientes têm guardiões e mesmo porque, os espíritos atrasados, perturbadores, viciados, mistificadores etc., não sentem nenhuma atração por lugares limpos, de vibrações eletromagnéticas positivas. Para eles são ambientes de repulsão.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

2014 - Regência da Linha de Xangô

 
O ano de 2014 será regido por Júpiter, o planeta da prosperidade e da fartura. O ano novo que se avizinha predispõe ao trabalho comunitário, um maior engajamento pessoal na busca e compreensão da religiosidade e favorece a mobilização das consciências contra movimentos de intolerância religiosa. Sendo na esfera astrológica o ano regido por Júpiter, na particularidade dos orixás a regência será de Xangô e Iansã, e carmicamente permanece a ação de Obaluayê que foi o regente de 2013.
 
 
Há que se considerar que independente do orixá regente, todos os orixás atuam sempre e, especialmente EXU, que é o eterno movimento no Cosmo.
Júpiter é um planeta de diplomacia e boa vontade. A promessa de que um ano regido por Júpiter seja um ano de abundância e expansão é fantasiosa se for interpretado pelo lado material. Xangô propicia um melhor perceber-se e perceber o outro, melhorando o diálogo inter e intrarreligioso. É o ano de 2014 de muita mobilização na esfera de busca dos direitos e igualdade, notadamente contra a intolerância religiosa. Como Xangô estará com sua irradiação magnética bastante acentuada em 2014, todos os que buscam o mundo espiritual e sagrado devem ter consciência da Lei de Causa e Efeito, pois podemos mudar as causas e não termos o efeito esperado, notadamente se não respeitamos o livre arbítrio do outro, interferindo em seu campo energético. Ou seja, o efeito de retorno estará mais intenso e o uso da magia requererá muita responsabilidade de quem busca e de quem aplica os cerimoniais religiosos de invocação, rezas, encantamentos e imprecações mágicas.
 
 
Quanto a Umbanda, o ano favorece a mobilização das comunidades entre si, os seminários e congressos, bem como a elaboração consensual de diretrizes básicas do que seja a Umbanda, respeitando-se a diversidade, mantendo-se a liberdade rito litúrgica de cada centro, sem codificação. Ou seja, esta busca de diretrizes básicas — uma “carta magna” de Umbanda — parte de dentro, das comunidades de terreiro e lideranças religiosas, que sob os auspícios vibratórios de Xangô, encontrarão receptividade da maioria do povo de Umbanda, exaurido pela persistente intolerância religiosas contra os terreiros, legitimando iniciativas de união que objetivem dar maior seriedade e melhor visibilidade a religião, fortalecendo a Umbanda frente a sociedade laica e minimizando a intolerância religiosa de outros cultos que demonizam nossa religião.
Muita paz, saúde, força e união.
Muito axé.
Norberto Peixoto.