PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

domingo, 24 de abril de 2011

PÁSCOA NA UMBANDA



Queridos irmãos, vamos falar sobre este tema, os Umbandistas, também celebram a semana Santa com muita fe, a maioria resguarda a semana de forma muitas vezes parecida aos Cristãos, fazemos nossas orações e não comemos carnes vermelhas neste periodo, resguardamos nossas energias, e compartilhamos nossa fe com todos irmãos com ensinamentos e resignações, .mas lembrem se sempre que para nos Umbandistas o grande momento da fe esta na ressureição de nosso Senhor Jesus Cristo.

A Páscoa é renascer, e com ela devemos refletir e reavaliar os nossos Atos, o nosso Amor ao Próximo, a Caridade e a nossa capacidade de entender e aceitar os desígnios do Nosso Pai.

É o momento em que devemos tentar de alguma forma preencher os novos dias com muita PAZ e HARMONIA.

É o novo tempo, em que nos é dada a oportunidade de praticarmos gestos de Amor que, por omissão, não percebemos que o seu reflexo, com certeza, traria a Paz e o Conforto a um Irmão.

Portanto, Páscoa é tão somente o Recomeço, onde estará em alta a certeza de um futuro repleto de realizações, esperando que o Amor inunde o coração dos Homens, pondo fim as guerras e ao egoísmo, permitindo que a PAZ volte a reinar como um dia o “Nosso Pai”, sonhou para Nós.

A Páscoa é renascer, e com ela devemos refletir e reavaliar os nossos Atos. É tão somente o Recomeço, onde estará em alta a certeza de um futuro repleto de realizações, esperando que o Amor inunde o coração dos Homens, pondo fim as guerras e ao egoísmo, permitindo que a PAZ, O AMOR, A COOPERAÇÃO, A GENEROSIDADE volte a reinar junto a nós como é o desejo do Nosso Pai.


Axé a todos Irmãos de Fé
Emidio de Ogum
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sexta-feira, 22 de abril de 2011

PAIXÃO DE CRISTO NA UMBANDA

O texto abaixo foi publicado pelo Templo Umbandista Cristão "Casa Branca de Oxalá".

"Muitas vezes já fomos questionados de o porquê de cultuarmos o Cristo na Umbanda. Responderemos primeiro do ponto de vista histórico, depois do ponto de vista doutrinário.

Do ponto de vista histórico, não podemos nos esquecer que nossa Religião foi anunciada em seu primeiro dia -15/11/1908 – através da manifestação das entidades que comporiam a Umbanda em uma mesa Kardecista. Rechaçadas, pelo preconceito que antes reinava até nas mais inteligentes cabeças do Espiritismo, as entidades se propuseram, através do Caboclo das Sete Encruzilhadas, a lançar a religião de Umbanda no dia seguinte, na casa do aparelho daquela entidade, Zélio Fernandino de Moraes.

A segunda razão histórica está no fato de o Caboclo das Sete Encruzilhadas ter confirmado que havia sido um Padre Jesuíta de nome Gabriel Malagrida. Por que as entidades escolheriam um Padre Jesuíta, queimado na fogueira da Inquisição para ser seu porta-voz? Ainda mais se considerarmos que esse jesuíta foi queimado vivo por ter se oposto a ações do Marquês de Pombal, as quais prejudicavam o povo e beneficiavam somente a um grupo próximo a ele. Acreditamos que essa foi a razão mais forte para sua escolha, pois a Umbanda, enquanto a Manifestação do Espírito para a Caridade, já nasceu com o intuito de atender a todos Irmãos, igualmente, sem discriminação.

Finalmente, a terceira foi a comunicação que o Caboclo das Sete Encruzilhadas fez, a respeito da chegada desse grupo de entidades para o trabalho da caridade na Umbanda, de que eles tinham vindo em nome de Santo Agostinho (lembremo-nos que a origem deste santo é africana, da região onde hoje é a Argélia).

Não podemos esquecer que no ocidente nosso Governante maior é Cristo. Se estivéssemos no oriente, provavelmente teríamos outro. Assim, doutrinariamente, devemos tomar os ensinamentos de Cristo como balizadores de nosso comportamento. Esse compromisso com o Evangelho de Cristo se dá em nossas ações do dia a dia, não se limitando ao Templo.

A grande pregação de Cristo, se baseava em apenas um palavra: Amor!

Amor ao próximo, visto como nosso irmão em Cristo, amor à natureza, como resultado da energia divina que nos envolve, perpassa e nos fortalece no enfrentamento com nosso cotidiano.

Devemos lembrar que a prática do amor ao nosso próximo é a caridade em ação. Caridade no seu sentido lato. Não apenas a doação de bens materiais, tão confundida com a real caridade pregada por Jesus Cristo. Essa caridade vai muito além daquela restrita à doação material. Ela é a tolerância, é a compreensão, é a disposição de ouvir àquele que necessita falar, é o saber falar com aquele que precisa ouvir, é o alegrar-se pelas vitórias dos irmãos, é não se deixar levar pelo egoísmo, é ser pacífico e apaziguador, enfim é cumprir em todos os momentos aquilo que nos foi ensinado há mais de 2000 anos. Para cumprir seu objetivo a Umbanda preconiza a pratica do bem do amor e da caridade, ou seja, tem por objetivo principal a evolução espiritual de toda a humanidade.

Quando o Caboclo das Sete Encruzilhadas anunciou a Umbanda nos ensinou também que, tal como Nossa Senhora da Piedade recebeu o seu Filho em seus braços, a Umbanda estaria de braços abertos a todos aqueles que necessitassem da caridade por ela pregoada. Na primeira carta de Paulo aos Coríntios, é considerada a mais importante de todas as virtudes. “Agora, portanto, permanecem estas três coisas: a fé, a esperança e a caridade. A maior delas, porém é esta última: a caridade (Cor.13; 13)”.

Portanto, na Umbanda a base fundamental é o amor que Cristo veio nos ensinar, a prática da caridade.


A PAIXÃO DE CRISTO

A Paixão de Cristo, de acordo com nossa cultura, extremamente influenciada pela visão judaico-católica, representa um dia de tristeza, de ações de “mea culpa”, onde todos, de alguma maneira se sentem um pouco ou muito, de Judas em si, culpado pela morte de Cristo na Cruz. As vertentes religiosas advindas dessa cultura predominante, nos querem fazer crer que Cristo morreu na cruz para nos redimir dos nossos pecados. Mas como então podemos ter o pecado original? Este somente como exemplo.

Na verdade a intenção dos defensores dessa idéia é de criar, em todos nós, o sentimento de que somos culpados pelo sofrimento de Cristo, e que por isso devemos nos redimir de nossos pecados perante o Pai para que sejamos perdoados e podermos entrar no Reino dos Céus. Por isso é necessário um Deus vingativo e punitivo, pois não fazendo o que nos diz essas religiões estaremos condenados ao fundo do Inferno. Como poderíamos imaginar uma troca que já vai entrando em seu terceiro milênio continuar resgatando pecados tão mais recentes e diferentes daquilo que eram naquela época? Qual seria o Deus Tirânico que pediria a vida de seu filho mais querido em troca da salvação de nossos espíritos, que, segundo essas mesmas crenças, estão tão longe desse mesmo Deus?

Na verdade, o que Jesus veio nos trazer foi a capacidade de vermos a possibilidade de também desenvolvermos nossa Centelha Divina, atingindo ao final de nossas vidas encarnadas o nosso próprio estado Crístico. Foi a certeza de nossas reencarnações, passadas e futuras, e de que a todos nós nos é dado o poder de evoluir e atingir nossa plena luminosidade ao final de um certo número de vidas.

A primeira coisa que devemos lembrar é que na Umbanda não temos a figura do pecado e, portanto, também não temos a culpa. Temos na Umbanda é a responsabilidade pelos nossos atos. Por isso mesmo é que Cristo ao vir e morrer na cruz em um sacrifício ele veio nos mostrar que o Espírito será reencarnado para a continuidade de seu aprendizado. E isto é o ensinamento maior de Cristo. Morre o corpo denso, mas sobrevive o Espírito que é a forma mais sutil da Energia Vital, do Fluido Universal.

Assim, a ressurreição é uma garantia de que, a cada novo reencarnar, nossa evolução estará em um estado de maior elevação espiritual. O aparecimento de Cristo para Madalena e, posteriormente para seus apóstolos, ele vem nos mostrar a possibilidade de comunicação que temos com Espíritos e a verdade de eles voltarem à vida com a finalidade de dar continuidade ao processo de evolução. Sempre voltamos em condições de maior nível de evolução. O simbolismo da Paixão de Cristo enquanto uma forma de demonstrar que a ressurreição do Espírito. Quando se diz que Cristo veio para resgatar os pecados do mundo não significa que os pecados do mundo desapareceriam após sua vinda. Significa sim, que à medida que nossos espíritos forem aprendendo a sua doutrina, o seu Evangelho, estaremos mais evoluídos. Cristo por isso mesmo veio para nos mostrar que nesse mundo os Espíritos não vêm para sofrer ou pagar, mas para aprender e se reconciliar com suas vidas passadas. É um aprendizado de resignação e de fé. Teremos assim em vidas futuras a possibilidade de assumir as responsabilidades que tivemos em vidas passadas e aprender com o novo período de vida encarnada a superar aquelas que eram nossas deficiências espirituais. Nossa vida espiritual é uma espiral ascendente, rumo ao Fluido Universal Infinito, que é nossa Origem e nosso Destino, Deus.

O cumprimento da missão de Cristo enquanto filho de Deus, que veio como cordeiro de Deus para sacrificar-se pelo mundo, teve de contar, entre os personagens que participaram direta ou indiretamente de sua vida, com diferentes e importantes papéis entre eles. Assim, o fato dos sacerdotes hebreus terem tomado a atitude de entregar Jesus - o Cristo – nada mais fizeram do que aquilo que estava determinado. Quando Judas vai e entrega Cristo, está cumprindo uma das partes mais árduas da missão Crística: a de permitir que Cristo fosse preso, na calada da noite, para passar pelo seu Calvário e consumar sua missão.

Quando Jesus, ao expirar, pronuncia as palavras “Consumatun est” (está finalizado, está consumado) ele não está, como já vimos anteriormente referindo-se à finalização do sopro da vida naquele corpo denso – de Jesus – mas à missão de Cristificação de Jesus. Ali o homem deixa definitivamente de existir para passar a existir somente a Energia Crística, o Cristo.

Assim, a sexta feira da Paixão não pode ser vista como um momento de tristeza, mas de alegria; não de culpa mas de libertação pois foi exemplo maior de Jesus que nos demonstrou que o homem pode chegar até onde ele próprio chegou. Jesus veio nos ensinar isso, e conseguiu, pois se não o tivesse conseguido sua mensagem não estaria presente por mais de dois milênios e até hoje sem que tenhamos conseguir aprender em toda a profundidade seus ensinamentos. Essa é a nossa alegria que se consuma exatamente na sexta feira da Paixão.

Cristo nos ensina que teremos condições de superar nossas deficiências espirituais e, plenamente desenvolvidos, luminosos e sábios nos colocaremos frente a Deus. Ensina que temos salvação sim, que nenhum Espírito se perde nesse mundo, que nos elevaremos ao seu nível sim. Então esse é um momento que deveríamos comemorar as oportunidades que Jesus – o Cristo- nos veio trazer.

Ainda é um momento de alegria quando Cristo nos mostra que o Espírito é imortal, ao se mostrar aos seus discípulos como uma luz com forma de Jesus (perispírito), apenas aumenta sua materialidade a mandar que Tomé tocasse suas chagas. E por que Cristo se mostra sob a forma de Jesus? Porque somente assim os apóstolos poderiam reconhecê-lo. O que mais queremos para comemorar? Cristo nos mostrou o nível de evolução espiritual que poderemos chegar que é o de essência fluídica extremamente sutil, intocável, enfim plenamente luminoso e sábio.

Assim, quando Cristo veio há mais de 2000 anos, não veio apenas no sentido estrito de apagar os pecados da humanidade, pois, como vimos eles continuam a acontecer, mas veio no sentido amplo de nos mostrar o caminho da nossa evolução. Demonstremos nosso agradecimento, nossa alegria e nossa compreensão sobre a missão Crística de Jesus na terra.

Na Umbanda podemos demonstrar toda essa compreensão da missão Crística ao compreendermos a missão de nossa Religião na Terra: a manifestação do Espírito para a prática da Caridade. Pretos Velhos, Caboclos, Exus, Crianças e outras entidades de Luz, que se apresentam para os trabalhos na Umbanda, ajudam-nos a obter essa compreensão através dos seus passes de harmonização, conselhos, de seu apoio nos momentos difíceis e sempre servindo para nós como exemplos de Espíritos em estagio superior de evolução.

DEUS É TÃO BOM QUE MESMO AQUELES QUE NÃO ACREDITAM EM DEUS UM DIA VERÃO A DEUS."

Para o Padre Jesuíta, Paulo Umberto Stumpf (Reitor da Escola Superior Dom Helder Câmara), embora existam profundas divergências doutrinárias entre a Igreja Católica e a Umbanda, o elo que possibilita o diálogo e a fraternidade entre todos é a caridade.

A caridade, segundo ele, deve ser entendida como ações de solidariedade, em prol da construção de uma sociedade sempre mais justa e feliz.

Caridade, segundo o Reitor, com relação a credos diferentes da nossa fé, é tolerância, respeito, valorização da pessoa humana enquanto tal. Além disso, segundo o Reitor, a Umbanda deve ser respeitada como uma expressão religiosa que deu a afrobrasileiros um sentido existencial e de resistência diante da dominação cultural européia.

Dom Total / Casa Branca de Oxalá - Templo Umbandista Cristão

domingo, 10 de abril de 2011

MASLOW, BUDA E A UMBANDA

"Um músico deve compor, um artista deve pintar, um poeta deve escrever, caso pretendam deixar seu coração em paz. O que um homem pode ser, ele deve ser. A essa necessidade podemos dar o nome de auto-realização."

Abraham Harold Maslow (1908 - 1970)


A Umbanda é um caminho real para evolução espiritual!

Um dia ao se atravessar o grande portal, que a Umbanda abre para todas as consciências, fica muito difícil enveredar por outra estrada, ou realizar o caminho de volta para sair pela porta que entrou.

De certa forma é válido as palavras: "Quem está fora não queira entrar, quem está dentro não deseje sair."
Na sua essência, se deseja expressar, que a Umbanda é uma viagem sem retorno. Uma vez vivida a experiência, jamais seremos os mesmos novamente.

Não, amigo leitor, não são palavras que desejam atemorizar ao leigo e o neófito, não existe nada na Umbanda que se deva temer, nem tão pouco, algo que impeça alguém de sair. Qualquer coisa que indique o contrário, são mitos, lendas e superstições.

Na Umbanda existe sim, como religião, uma marcante experiência de "religare" e uma vivência transformadora.

Seu processo iniciático produz a abertura consciencial para apreensão de ensinamentos profundos e esses seus ensinamentos imprimem uma transmutação de valores transcendentes em todos os seus adeptos.

Na Umbanda, não se doutrina, se vive, não se acredita, tem fé, não se dogmatiza, se racionaliza, não se impõem, se apreende. Talvez, por isso, não seja ela uma religião codificada doutrinariamente, tendo em vista, que abarcadora de consciências, prefira trabalhar psico-espiritualmente com as diferenças para aglutiná-las pelas semelhanças de forma fraternal e cooperativa.

Eis o fundamento, que molda o movimento umbandista, com uma abrangência tão extensa de ecletismo e, por que não dizer, também de sincretismo. Eclética na diferenciação de suas diversas escolas e sincrética por absorver ritos e liturgias exteriores a si mesma, no intuito de que sirvam de adaptadores conscienciais as individualidades, que dela se aproximam. Como sempre lembramos, existe um terreiro adequado para todo e qualquer tipo de consciência.
Intrinsicamente universalista, a Umbanda, é dinâmica e aparentemente flexivel ou maleável para as necessidades conscienciais das coletividades que a compõem. O objetivo principal é sempre, não devemos esquecer, a evolução espiritual do ser humano, independente da forma que a favoreça.

Procurada por muitos e apresentada por tantos outros, principalmente seus próprios adeptos, como uma religião de solução ou enfrentamento dos problemas de origem material, mesmo que com fundo espiritual, a Umbanda realmente trata estas necessidades básicas dos indivíduos, embora seja apenas uma faceta de sua área de atuação. Essa visão reducionista, somente trouxe prejuízos a imagem da religião, que geraram entre outros a pecha de "baixo espiritismo". Na verdade, a Umbanda, oferece todo um conjunto holístico de soluções para o ser humano e suas coletividades.

O seu processo de atendimento fraterno e espiritual, obedece a pirâmide das necessidades e desejos de Maslow.
Abraham Maslow, psicólogo, consultor norteamericano, estudioso do campo das motivações, criou uma teoria segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa hierarquia de importância e influenciação. Essa hierarquia de necessidades é representada e visualizada em uma pirâmide, em cuja base estão as necessidades mais baixas e no topo as mais elevadas. A necessidade fisiológica fica localizada na base e a necessidade de auto-realização no cume desta pirâmide.


Um detalhe muito importante da Teoria de Maslow é que ela diz que a pessoa tem que ter a sua necessidade do nível inferior satisfeita, ou quase integralmente satisfeita, para sentir a necessidade do nível superior. Ou seja: a pessoa que não tem suas necessidades de segurança satisfeitas não sente ainda necessidades sociais. E assim por diante.


Nas palavras do próprio Maslow:
"... à medida que os aspectos básicos que formam a qualidade de vida são preenchidos, podem deslocar seu desejo para aspirações cada vez mais elevadas."


Consciente dessas necessidades e desejos do ser humano, a Umbanda inicia o seu contato pela base da pirâmide, sendo que, em todos os instantes o conjunto de suas soluções sempre possibilitam a antevisão ou a possibilidade de ascensão para os níveis superiores da hierarquia proposta na teoria de Maslow.


Como estamos falando de Umbanda e por consequência de espiritualidade, podemos acrescentar, na base da pirâmide, junto as necessidades fisiológicas (alimentação e sobrevivência), as dores e sofrimentos psicológicos, emocionais e espirituais dos indivíduos. Assim fazemos, pois embora largo o portal da Umbanda para todo tipo de consciência, o caminho, que leva as pessoas a religião é estreito, pontuado invariavelmente pela dor e o sofrimento. Os que entram, pela primeira vez, em um terreiro de Umbanda, buscam respostas para as necessidades da base da pirâmide de Maslow, raros são os que chegam a ela, querendo atender os desejos do cume (auto-realização).


Ao conquistar a estabilidade das necessidades da base da pirâmide, o então consulente ou visitante, deseja manter de forma perene o estado alcançado e assim se torna adepto, resolvendo as necessidades do segundo nível hierárquico da pirâmide, Segurança.


Como adepto ele inicia uma troca e uma efetiva participação na coletividade e suas diversas atividades, realizando os desejos e necessidades do terceiro nível hierárquico, ou seja o Social. Plenamente adaptado a religião e sua coletividade, o próximo nível de satisfação se manifesta e Estima (Status), passa ser a palavra-chave para sua motivação.


Para o cume da pirâmide ser alcançado, depende exclusivamente do próprio adepto. Faz-se mister, ter apreendido uma visão da essência da Umbanda em detrimento da forma, conquistado evolução e aurido valores espirituais elevados. Parece simples, mas não é fácil.


A solução holística, como denomino o processo de atendimento, que a Umbanda realiza, as necessidades identificadas pela Teoria de Maslow, se consubstancia na integralidade intríseca ao 'modus operandi' dos trabalhos em um terreiro.


Senão, vejamos:


a) No atendimento espiritual, as entidades sempre escutam e tentam apresentar soluções para os problemas enfrentados pelos consulentes e localizados na base da pirâmide (necessidades da vida material, emocional e psíquica);


b) A duração do tratamento e a assiduidade da frequência, imputam em atender os quesitos do nível de Segurança;


c) No âmbito do nível Social, podemos incluir os ensinamentos e orientações para vida que são repassados e a oportunidade do exercício dessess valores espirituais, morais, éticos e de cidadania, dentro e fora da própria coletividade.


d) Os ritos, a liturgia, os trabalhos mediúnicos e a vivência ativa na religião, geram a satisfação das necessidades do nível Estima (Status), além de permitir ao adepto um posicionamento de umbadista consciente e cidadão planetário.


e) A Auto-realização como, já explicitamos é pessoal e intransferível e consequência do auto-aperfeiçoamento do adepto.


Coadjuvantes primordiais nesse processo e reverberadores para aplicação dessa solução holística em seus adeptos, consulentes e frequentadores de seus terreiros, os dirigentes (Pais/Mães-de-Santo) devem estar plenamente cônscios de seus papéis e responsabilidades de facilitadores e orientadores.


Antes deles, nós umbandistas (os filhos-de-santo), devemos estar sempre alertas e conscientes de como permitimos, que essa facilitação ocorra, na forma como vivemos este relacionamento com os facilitadores e o que entregamos, de nós mesmos, para que esses orientadores nos conduzam no caminho espiritual.


Desde de que o mundo é mundo e religião existe, os arquétipos farisaicos, o fundamentalismo e os mercadores da fé estão servindo de modelo e sendo copiados indiscriminadamente. Devemos sempre cuidar para não nos tornarmos nenhum deles e não deixarmos nos envolver por ninguém, que assim proceda.


No universo religioso e da espiritualidade institucionalizada, não podemos deixar de concordar, que infelizmente nos deparamos com realidades como as que estão bem definidas na entrevista fornecida por, um dos Mestres do Budismo Tibetano da atualidade, Lama Dzongsar Khyentse Rinpoche (trecho adaptado):


"Vivemos em um mundo onde somos atormentados pela constante insegurança. A espiritualidade tornou-se um negócio, então os dirigentes espirituais (...) sempre sentem a necessidade de gerar mais negócios. Dada esta insegurança, sabendo do ponto fraco das pessoas, é bem fácil vender espiritualidade. Todo homem ou mulher de negócios, estou certo, sabe o que leva a se vender coisas. Primeiro, você diz às pessoas que há algo que elas devem ter, algo que elas não têm. Então, você lhes diz que o lugar para comprar é aqui, de você. Nós temos tudo que você precisa. O Buddha disse: "Não confie na pessoa, mas confie nos ensinamentos. Não confie nas palavras, mas confie no significado." Este é um grande conselho. Quando entramos no caminho espiritual, é importante sermos muito cuidadosos".


Esses são realidades tristes e lamentáveis. Experiências que podemos nos poupar se estivermos vigilantes. Uma das vacinas para se detectar essas discrepâncias e não se tornar vítima desses modelos de pessoas é utilizar com os dirigentes espirituais o seguinte crivo, ou seja, estar atento para a manifestação das seguintes características:


1) Querer que a sua verdade, seja o certo incondicional para todos;


2) O seu certo, não pode ser contrariado de forma nenhuma.


3) Querer ganhar sempre;


4) Não querer perder nunca.


5) Agir na frente das pessoas de uma forma, por trás de outra;


6) Ter dois pesos e duas medidas em seus julgamentos.


7) Fomentar, de alguma forma, a idolatria, para si.


8) Propaganda exacerbada dos fatos e ocorrências, sempre maravilhosas de si mesmo, dos seus dons espirituais e da espiritualidade ao seu redor;


9) Não enfrentamento do que está errado.


10) Correção e ajustes apenas do que estiver de acordo com o seu interesse pessoal.
Por, outro lado, os umbandistas, devem aprender a separar a religião, o mundo espiritual, das pessoas, do ser humano, que são os dirigentes de um terreiro.


Iguais a nós, eles são cheios de defeitos, falhas e com as mesmas necessidades e desejos. Se nós erramos, eles também erram. Óbvio e elementar.


Idolatria, fé cega, obediência incondicional e dedicação exclusiva jamais devem ser atitudes adotadas pelo adepto.


As responsabilidades dos dirigentes de terreiro são grandes e as suas ações na orientação e direcionamento de almas, devem ser isentos de interesses pessoais e objetivos próprios, que não sejam, o de servirem a coletividade e seus integrantes, quer queiram ou não.


O movimento umbandista, não está livre do farisaísmo, do fundamentalismo e tão pouco dos mercadores da fé.


Por outro lado a Umbanda, nada tem haver com isso, a religião oferece todo um conjunto de oportunidades para o religare com o Divino e o Sagrado. O plano do mundo espiritual é aplicado, independente dessas discrepâncias e a falta de rumo de alguns, profundo e abrangente, este plano tem como objetivo, colaborar prioritariamente, com a evolução individual e coletiva, não só dos seus adeptos e dirigentes, mas do planeta.


Ao tratar a pirâmide das necessidades e desejos de forma integral e holística, fornecendo orientações seguras para um caminho espiritual profícuo e evolutivo, a Umbanda oferece a todos, as ferramentas necessárias para auto-realização e armas adequadas para uma vigilância permanente as possíveis armadilhas que se apresentem. Maslow e Buda que o digam.

TEXTO EXTRAIDO DO BLOG http://umbandasemmisterio.blogspot.com/2006/11/maslow-buda-e-umbanda.html do Pai Caio de Omulu

domingo, 3 de abril de 2011

CONDUTA MORAL

Olá irmãos


Que Oxalá nos abençoe sempre


Irmãos achei um texto muito interessante na internet, texto que todos nós médiuns deveríamos ler e aprender. Com certeza nosso trabalho mediúnico fluiria melhor.

Conduta Moral, Espiritual e Física dos médiuns dentro da corrente astral de Umbanda.

1 - Manter dentro e fora da Tenda, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral.

2 - Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo livros indicados pela Direção Espiritual do Terreiro, bem como assistindo palestras nesse sentido.

3 - Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente o aspecto moral.

4 - Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido, muito mais "tudo" que o do seus irmão, médium também.

5 - Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente.

6 - Dê paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando e "aborrecendo" a entidade. Fique certo de que, se ele, o seu protetor, tiver "ordens e direitos de trabalho" sobre você, poderá até discipliná-lo, cassando-lhe as ligações mediúnicas e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgânicos, financeiros, etc. Se você for desses que, além de tudo isso, ainda comete erros em nome de sua entidade protetora...

7 - Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo.

8 - Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado "pronto" ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas ou propiciatório determinados por seu guia ou protetor, Seu for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, que poderá ser dado pela direção do terreiro.

9 - Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordens comprovada de sua entidade protetora responsável direta e testadas no terreiro.

10 - Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência também para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que tenha impressionado dessa ou daquela forma.

11 - Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas, maldizentes etc... Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar delas...

12 - Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar as recompensas.

13 - Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a esperar e confiar...

14 - Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você está em débito com sua consciência.

15 - Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e portanto ligado a dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, às lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se erre mais. Ou não cometer os mesmos erros.

16 - Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada

17 - Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o álcool.

18 - Nos dias de trabalhos, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar a sessão espiritual, limpo de corpo e espírito.

19 - Não se esqueça, hipótese alguma, de que não se deve ter relações ou contatos carnais na véspera e no dia dos trabalhos.

20 - Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o túmulo do médium

- Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra.

Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor. Ele é seu grande amigo e somente trabalha para a sua felicidade.

* PROCURAR EVITAR AGITAÇÕES E FICAR O MAIS CALMO POSSÍVEL.

* TOMAR BANHO DE DEFESA ANTES DOS TRABALHOS.

* EVITAR BEBIDAS ALCÓOLICAS E FUMAR O MENOS POSSIVÉL.

* PROCURAR DECORAR E CANTAR OS PONTOS DURANTE O RITUAL.

* ESTAR SEMPRE EM SINTONIA E ATENTO AO RITUAL.

* AUXILIAR SEMPRE NO QUE FOR NECESSÁRIO.

* PROCURAR PARTICIPAR E COMPREENDER O RITUAL.

* SER SEMPRE PONTUAL E NÃO FALTAR SEM NECESSIDADE.

* SEMPRE MANTER UM BOM RELACIONAMENTO COM SEUS IRMÃOS DE FÉ.

* EVITAR FOFOCAS, E COMENTÁRIOS DESNECESSÁRIOS E CONVERSAS IMPRODUTIVAS.

*RESPEITANDO E TRATANDO COM CARINHO A TODOS PARA RECEBER O MESMO TRATAMENTO DOS IRMÃOS DE FÉ.

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OS DEFEITOS MAIS COMUNS, A SABER:

- o ORGULHO,o EGOÍSMO, a VAIDADE, a FEROCIDADE, a SENSUALIDADE
são inimigos tenazes,que devemos um por um combater e vencer, a custa de lágrimas e de sangue, por que são estigmas que nos vêm do nosso passado de brutos e estão profundamente arraigados em noso coração.

-rsolver lutar,começando pelo menor defeito e perseveranso tenazmente até o fim.

A luta contra nossas paixões é terrível e só consegue triunfar delas quem têm ânimo forte,vontade firme e fé, sobretudo fé, nas luzes e nas forças que nos vêm do alto.