GIRA EM HOMENAGEM A NANÃ SÁBADO DIA 28 DE JULHO - 18 h
A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é
uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma
homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que
foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a
separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo
portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra surgiu o Barro.
2. O Barro com o Sopro Divino representa
Movimento.
3. O Movimento adquire Estrutura.
4. Movimento e Estrutura surgiu a criação, O
Homem.
Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade
Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo
elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da
terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por
uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é uma figura muito controvertida do
panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus
maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente
ressentido.
Orixá que também rege a Justiça, Nanã não
tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar
de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do
dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha
de Oxum seria uma filha de Nanã "escondida".
Nanã faz o caminho inverso da mãe da água
doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no
mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso
a esse território do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã.
A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina.
Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã.
Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela
atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar,
ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o
envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do
feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está
ligado desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o espírito, é
regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o "Senhor das Passagens"
de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito
que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos
energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida
na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã
é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer
de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a
"memória" dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os
conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado
para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é encontrada na
menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina;
no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã,
paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas.
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