Não raro, discriminado em muitos terreiros de umbanda, Omolu é cultuado na umbanda como o orixá residente no cemitério que é o responsável pela triagem dos mortos.
Normalmente quando um médium ou filho-de-santo o incorpora no terreiro, tem sua cabeça coberta por um pano da costa em sinal de tradição e respeito, pois o orixá geralmente nunca mostra o rosto em razão de suas feridas, algo que é explicado pela sua mitologia.
Os exus que atuam no cemitério lhes devem obediência. A falange mais conhecida é a dos Caveiras, empregados diretos do orixá.
Anteriormente muito temido, atualmente Omolu é reverenciado em muitos terreiros de umbanda como um orixá extremamente importante, possuindo vários filhos-de-santo, que normalmente são de caráter fechado, aparentando emocionalmente mais idade.
Em alguns ritos, e em especial no candomble, Omulu (ou Omolu) costuma ser confundido ou "mixado" com Obaluaiê. Entretanto, ao menos para a Umbanda, trata-se de dois orixas distintos.
Obaluaiê, geralmente associado a São Lázaro, é o Orixá "médico" com poder sobre todas as doenças e, embora seus domínios sagrados sejam no cemitério (ou Calunga pequena), estes encontram-se acíma do nível da terra.
Já Omulu ou Omolu, é o Orixá responsável por guiar e auxiliar as pessoas na passagem de seu desencarne (morte) e pode ser associado a figura mítiga do barqueiro ou do homem com a foice. Apesar de seus domínios, a exemplo de Obaluaiê, também se encontrarem no interior dos cemitérios, Omulu, ou Omolu, reina do nível da terra para baixo, onde encontram-se, efetivamente os corpos sepultados.
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