Como vamos entrar, de agora por diante,
somente com partes discriminativas e práticas, devemos chamar atenção dos
umbandistas sobre os elementos cachoeiras, matas, mar, rios e pedreiras
virgens, tão de uso para as nossas práticas ou rituais de cunho nitidamente
mágico ou vibratório...
Os prezados irmãos umbandistas devem saber
que esses lugares são sítios particularmente consagrados à Corrente
Astral de Umbanda, desde épocas remotas, pelo Astral Superior.
É lamentável que inúmeros irmãos praticantes,
por ignorância, façam desses sagrados ambientes elementais depósito de
sujeiras, quer materiais, quer astrais (ou melhor: psíquico-astrais).
Sim! Porque é comum se verificar, nas cachoeiras,
nas matas, nos rios etc., os mais absurdos, rasteiros e grosseiros materiais
que por ali depositam a título de “preceitos” ou de oferendas.
É comum vêem-se panelas, alguidares,
garrafas, fitas, velas, bruxas de pano, alfinetes, assim como rabadas de porco,
carnes sangrentas, e até sangue puro de animais abatidos...
Isso é crassa ignorância, é cega maldade! É
desconhecimento completo do valor sagrado, espiritual e vibratório desses sítios,
dos que assim procedem.
Esses ambientes elementais, consagrados à
Corrente Astral de Umbanda, não servem, ou melhor, não são próprios para sintonizarem
com ondas de pensamentos sujos, negativos e ainda mais ligados a coisas
materiais inferiores e relacionadas com os movimentos de magia negra!
Esses sítios de natureza limpa são
condensadores de energia ou de correntes eletromagnéticas positivas. São, por
isso mesmo, lugares indicados e propiciatórios para os reajustamentos
vibratórios dos filhos-de-fé da Umbanda e devem merecer o respeito e o uso
adequado.
Vamos inserir aqui a resposta que uma de
nossas entidades militantes deu, em certa ocasião, a um desses filhos-de-fé,
sobre o assunto. Foi uma resposta simples e adequada ao entendimento de quem
perguntou, na época, ao Pai Ernesto, um “preto-velho” de fato e direito. A
pessoa perguntou-lhe assim...
“Pergunta: As obrigações que fazemos nas
cachoeiras, matas, mar etc., têm algum valor?...”
“Resposta do Pai Ernesto de Moçambique: No
período da escravatura, devido ao rigor imposto pelos senhores que eram
católicos, os escravos, não podendo praticar livremente os seus cultos, se
refugiavam nesses lugares com essa finalidade, tornando-se assim, para eles, sítios
sagrados e que no Astral Superior foi e ainda lhes é reconhecido como
mercê.”
“Por isso é que ainda determinam a seus filhos de terreiro ali comparecerem,
a fim de que possam receber reajustamentos vibratórios”.
Ora, por essa resposta simples se vê que, de
há muito, esses sítios foram consagrados, particularmente, à Corrente
Astral de Umbanda, de vez que, pela parte de nossos índios, eles (esses citados
sítios) já o eram desde os primórdios de sua raça...
Sabemos que os magos dos primitivos tupinambás, tupis-guaranis
etc., os ditos como pajés (payés), caraíbas, e outros, costumavam consagrar em
cerimônias mágicas de alta significação, certos recantos de rios, lagos, matas,
praias, para a execução de ritos especiais e práticas secretas...
Assim, todos os médiuns umbandistas de fato,
isto é, que tem um protetor de verdade, devem estar cientes de que, nas zonas
vibratórias de uma cachoeira, de uma mata, de uma praia limpa, de um rio, não
“habita” quiumba, ou melhor, nenhuma classe de espíritos atrasados faz
pousada e nem sequer pode se aproximar, porque esses sagrados ambientes têm
guardiões e mesmo porque, os espíritos atrasados, perturbadores, viciados,
mistificadores etc., não sentem nenhuma atração por lugares limpos, de
vibrações eletromagnéticas positivas. Para eles são ambientes de repulsão.