PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

AS 7 VIBRAÇÕES OU LINHAS DA UMBANDA – ORIXÁS

A Umbanda se divide em sete linhas ou vibrações originais, cada uma presidida ou dirigida por um dos sete Orixás.



A palavra orixá (orishá) significa Luz ou Mensageiro do Senhor. Orixás são vibrações cósmicas. A própria natureza manifesta na Terra, por intermédio dos elementos do fogo, da água, da terra e do ar, é a concretização das vibrações dos Orixás aos homens, embora não seja em si essas energias, mas emanadas deles.

Orixás são emanações do Lógus e embora tenham sido personificados pelos cultos populares não são divindades e nem deuses. Foi a simplicidade da mente popular que os dotou de histórias, emoções, paixões e rivalidades, como os gregos fizeram na antiguidade: seus deuses são personificações perfeitas dessas forças macrocósmicas (orixás) e da alma humana, onde se refletem. Exemplo: o princípio da ação, da luta, que tanto materializa universos como incita o homem à luta pela sobrevivência, pela evolução e finalmente pela libertação das formas, foi personificado em ARES (Marte) – o deus da guerra. É o mesmo arquétipo de OGUM. E assim sucessivamente com todos os Orixás.

Então orixás são forças divinas da criação emanadas do próprio Olorum, que não se desenvolvem ou evoluem, não podem ser incorporadas, aprisionadas, corrompidas ou manipuladas de alguma forma. Por serem vibrações cósmicas os orixás não são seres reencarnantes ou que possam “incorporar”.

As “incorporações” são de espíritos desencarnados que assumem por livre e espontânea vontade, segundo o seu próprio livre arbítrio, mérito ou necessidade evolutiva, a condição de um caboclo ou preto velho, ou ainda, sem necessitar de nome ou qualquer maneira de reconhecimento individual aceita ser chamado pelo nome de um orixá, aquele cuja vibração ele mais se identifica.

Por serem, os orixás, vibrações e energias primordiais, os seres vivos nascem sobre a vibração de determinados orixás, então sentem e se afinam com essas vibrações, assim sendo, se “afiliam” a determinados orixás, e passam a se denominar, filhos de Ogum, Xangô ou Oxossi e assim por diante, segundo a afinidade vibracional, atraindo para si as plêiades espirituais que trabalham, em nome de Jesus, em nome de Oxalá, dentro da vibração de afinidade do “filho”.


1ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE ORIXALÁ (OXALÁ)

Oxalá é a expressão maior da vida na Terra, significando o próprio Cristo Cósmico, que teve em Jesus a sua personificação. Oxalá é o equilíbrio. A força de manutenção da vida física no planeta. A Evolução. O Bem Maior. A escada que nos leva a Olorum.

Oxalá é energia renovadora - movimento e transformação de todas as coisas. Manifesta-se no homem pela necessidade nata de crescimento interior e reforma íntima, desenvolvendo assim uma visão quintessenciada da vida mundana e conectada com a vida espiritual. A criatividade, a expressão da razão e os anseios superiores e espirituais são oriundos dessa vibração.

Oxalá tem correspondência com o chakra coronário, sua cor fluídica é o branco; seu metal é o ouro; seu dia da semana é o domingo, a nota musical é MI, seu planeta regente é o Sol. Atua e coordena as sete vibrações.

Na linha de Oxalá encontramos um grande agrupamento de Nirmanakayas chamado de Linha do Oriente.

Esta vibração tem sete Chefes de Legião: os caboclos Aymoré, Guaracy, Ubiratan, Urubatão da Guia, Ubirajara, Tupy e Guarany. E tem como prepostos os Chefes de Falange e Subfalange, que tomam seus nomes para dirigirem, na prática, os demais componentes da Linha.

Os caboclos, que muitos denominam como rudes e ásperos, sem trato fraterno, são índios aguerridos que enfrentam todo tipo de batalha com entidades de baixíssimo estado evolutivo, violentas, duras e raivosas. Enfrentam as organizações do Umbral Inferior, resgatam prisioneiros e sofredores muitas vezes em condições extremamente adversas, em locais de grande densidade, quase que materializados e de dificílima movimentação.  Eles até podem ser diretos e ríspidos em alguns momentos, mas devemos lembrar que toda a atuação das falanges atuantes na Umbanda é regida pela Lei do carma e pelo merecimento do socorro oferecido àqueles que são amparados. Logicamente, nos diz Vovó Maria Conga, um caboclo não terá a gentileza de uma freira na sua incursão às regiões trevosas e abismais, pois se assim fosse, o dispensaria da necessidade de apresentação do seu corpo astral como guerreiro indígena. Muitas vezes, uma voz rude e áspera denota espírito amoroso e sincero, ao contrário do verniz fraterno de mentes que controladoras, que disfarçam sua oratória com conhecimento evangélico decorado.

2ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE YEMANJÁ

O orixá Yemanjá é a Divina Mãe na Umbanda e está relacionado com o bem-estar e segurança. A relação positiva com a sobrevivência e o meio ambiente, a segurança emocional e o equilíbrio que dá serenidade nesse meio regem-se por suas vibrações. Yemanjá representa o eterno feminino da natureza, a “mãe do mundo”, ela é o intermediário entre um plano e outro. Por ser a doadora da vida, está associada ao mar e a água, símbolos da maternidade.

Este Orixá atua no chakra frontal, sua cor fluídica é o amarelo-pálido, seu dia da semana é a segunda-feira, seu elemento é a água, seu planeta regente é a Lua, a nota musical é SI, seu metal é a prata.

Esta Vibração tem 7 Chefes de Legiões: as Caboclas Yara ou Mãe D’Água (não são intermediários), Indayá, Nana-Burucun, Estrela do Mar, Oxum, Inhaçã e Sereia do Mar.

3ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE XANGÔ

Xangô é o orixá da Justiça, do equilíbrio cármico; é o dirigente das Almas, o senhor da Balança Universal, que afere nosso estado espiritual.

Este Orixá atua no chakra cardíaco, seu dia da semana é quinta-feira, seu metal é o estanho, sua cor fluídica é o verde brilhante, sua nota musical é SOL, seu planeta regente é Júpiter. Prepondera sobre as quatro classes de espíritos da natureza, principalmente os gnomos e as ondinas. Tem grande penetração no subsolo do planeta, nas montanhas e pedreiras (reino mineral).

Dentro desta Linha, encontramos um grande agrupamento de entidades, impropriamente chamado de “Linha das Almas”.

Seus Chefes de Legião são: Xangô-Kaô, Xangô 7 Montanhas, Xangô 7 Pedreiras,  Xangô da Pedra Preta, Xangô da Pedra Branca, Xangô 7 Cachoeiras e  Xangô Agodô.

São entidades em nível de protetores, que foram grandes magos e se especializaram dentro da Umbanda e nos trabalhos de magia branca, combatendo frontalmente a magia negra.

São raríssimos os médiuns que incorporam essas entidades, que se apresentam na forma de velhos (não confundir com a Linha de Yorimá), e são exímios magistas, conhecendo todos os segredos da cabala, da alquimia e astrologia.

4ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE OGUM

Ogum significa “o fogo da salvação e da glória” que, no sentido místico, ajuda o homem a vencer a batalha contra os princípios inferiores. É a grande batalha da personalidade e os instintos bestiais contra o eu superior e aquilo de divino que existe em cada ser. Neste orixá encontramos as vibrações das paixões humanas. Ogum é regente de energia criadora e sublimada.

Este orixá tem correspondência com o plexo solar; seu dia da semana é terça-feira, sua cor fluídica é o vermelho vivo, seu metal é o ferro, sua nota musical é Fá, seu planeta regente é Marte. Atua no elemento fogo.

Ogum é o Mediador, o Controlador dos choques conseqüentes do Carma. É a Linha das demandas, da fé, das aflições e das lutas. No sentido místico é a Divindade que protege os guerreiros.

Seus Chefes de Legião são: Ogum de Lei (não são intermediários), Yara, Megê, Rompe Mato, de Malê, Beira Mar e Matinata.

5ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE OXOSSI

Em Oxossi temos a cura de todas as chagas. Oxossi é a vibração que influencia no misticismo da almas, que doutrina e interfere nos males físicos e psíquicos.

A Vibração de Oxossi significa: AÇÃO ENVOLVENTE ou CIRCULAR DOS VIVENTES da TERRA, ou seja, o Caçador de Almas, que atende na doutrina e na catequese.

Este Orixá atua no chakra esplênico ou do centro do baço; seu dia da semana é sexta-feira, sua cor fluídica é o azul, sua nota musical é RÉ, seu planeta regente é Vênus, seu metal é o cobre e atua no elemento ar.

Seus Chefes de Legião são: cabocla Jurema e os caboclos: Arranca Toco, Araribóia, Guiné, Arruda, Pena Branca e Cobra Coral.

6ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE YORI

Yori significa “relação com a Lei Divina”. De sua forma original Yori, derivam-se as palavras Yugui e Yogui que significa unir, ligar. Por isso yoga é a ciência da união.

Yori é a Linha da pureza, do amor, do Iniciado, daquele que nasceu de novo, ou seja, que está livre das paixões carnais, puro, e por esse motivo foi associado às crianças (criança interior). Yori é a energia dos anjos de Olorum, é a força da fé somada à inteligência, sagacidade e inocência. É a formação da coroa dos inocentes no espaço, em uma manifestação clara da potência divina.

Os indivíduos nos quais a convivência amorosa e humilde com os outros se faz rotineira, tem do orixá Yori grande influência. O termo YORI significa a POTÊNCIA EM AÇÃO DA LUZ REINANTE. 

Sua cor fluídica é alaranjado, seu dia da semana é quarta-feira, seu metal é o mercúrio, seu elemento é o ar, seu chakra respectivo é o laríngeo, a nota musical DÓ, seu planeta é Mercúrio.
Seus Chefes de Legião são: Tupãzinho (não são intermediários), Ori, Yariri, Doum, Yari, Damião e Cosme.


7ª VIBRAÇÃO ORIGINAL OU LINHA DE YORIMÁ

Yorimá significa “Lei Divina em Ação” ou, ainda, “a essência da lei em ação”. É também chamada a Linha dos Pretos velhos ou Pretas velhas, que foram em encarnações passadas grandes magos e cabalistas. Atuam em nível de Protetor.

Esta Linha é formada pelos primeiros Espíritos que foram ordenados a combater o MAL, em todas as suas manifestações. São verdadeiros Magos que, velando suas formas cármicas, revestem-se das roupagens de preto-velhos, distribuindo e ensinando as verdadeiras “mirongas”.  São os senhores da Magia e da experiência adquirida através de seculares encarnações.

Eles são a DOUTRINA, a FILOSOFIA, o MESTRADO da MAGIA, em fundamentos e ensinamentos, e representam os primeiros que adquiriram a forma na humanidade e no sacrificial.

Seu planeta é SATURNO (o pai do Tempo), o dia da semana é sábado, seu metal é o chumbo, sua cor fluídica é o violeta, seu chakra correspondente é base da coluna, sua nota musical é LÁ, seu elemento é o fogo.

Seus Chefes de Legião são os Preto-velhos: Pai Guiné, Pai Tomé, Pai Arruda, Pai Congo de Aruanda, Maria Conga, Pai Benedito, Pai Joaquim.

Os preto-velhos são exímios manipuladores de ervas que contêm as energias que estão faltando em nós, refazendo o equilíbrio do corpo etérico, com imediato alívio das mazelas que afligem nosso campo fisiológico.

domingo, 18 de agosto de 2013

JESUS E OS ENSINAMENTOS DOS ORIXÁS CONTIDOS NOS EVANGELHOS - OBALUAYÊ/OMULU E NANÃ BURUQUÊ




Omulu- Nanã Buruquê é a transformação, a necessidade de compreensão do carma, da regeneração e evolução. Representa o desconhecido e a morte, a terra para a qual voltam todos os corpos, a terra que não guarda apenas os componentes da vida, mas também o segredo do ciclo da vida, a transmutação.
Omulu conhece a dor da transformação, o desapego e a libertação do ego, para que haja compreensão do espírito imortal e livre, porque o espírito sopra aonde quer. A morte, não só no aspecto físico, mas a morte de crenças e valores arraigados que não servem mais e que acabam por enrijecer e estagnar a caminhada por medo de mudar, de conhecer a si mesmo.



Nanã recolhe o espírito no momento do desencarne, logo após o corte do cordão de prata feito por Omulu, e o encaminha ao plano espiritual de forma amorosa e com a paciência de quem conhece as dores da alma e o receio de encontrar a si mesmo, respeitando a individualidade e o momento sagrado de cada um, no seu rito de passagem à outra dimensão.
Em O Evangelho Segundo o Espiritismo (capítulo 4), Jesus disse a Nicodemus: "Em verdade, em verdade, digo-te que ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo". "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é Espírito". "Não te admires que eu tenha te dito que o espírito sopra aonde quer e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem ele, e nem para aonde vai: o mesmo se dá com o homem que é nascido do Espírito". Nessa passagem, o Mestre nos esclarece que o homem é co-criador com Deus, gera o corpo carnal que vai abrigar o espírito que é de Deus, para que possa cumprir sua missão evolutiva na Terra. O corpo procede do corpo e o espírito independe deste.
Já a "pluralidade das existências" e a "reencarnação" estão subentendidas no trecho "o espírito sopra aonde quer". A reencarnação é uma forma de fortalecer os laços de família, em que muitas criaturas se reúnem pela afeição e semelhança das inclinações, para trabalhar juntas pelo mútuo adiantamento. Mas, na maioria das vezes, a parentela carnal necessita reajustar-se e voltar a amar, pois este é um elo frágil como a matéria e com o passar do tempo se extingue. Por isso, muitas pessoas se sentem estranhas no lar onde habitam, pois ali estão para ajudar umas às outras até que esses laços se rompam de forma natural. Isso ocorre porque contraíram débitos em outras existências, e terão de pagar ceitil por ceitil, trabalhando a compreensão, o reajuste e a aceitação das imperfeições próprias e alheias.
Conforme o grau evolutivo de cada espírito, há um lugar para viver entre uma encarnação e outra. Quanto mais evoluído o espírito, mais liberdade tem em estado de ventura e amor. Quanto mais comprometido, mais reencarnações, mais necessidade tem de superar as suas dificuldades e dores. Porém, Deus em Sua infinita bondade e amor, não abandona os Seus filhos e enviou-nos Seu anjo de amor, para nos ensinar sobre o reino dos céus, que não é deste mundo, e em Seu momento de maior dor rogou a Deus por nós: "Pai, perdoai-vos porque eles não sabem o que fazem!".
A umbanda, em seu trabalho de amor e caridade, leva a palavra de conforto e esclarecimento aos que sofrem, e se espelha nesta parábola de Jesus: "E o semeador saiu a semear...", não importando se o terreno ainda é árido, se existem espinhos, se os pássaros comem as sementes, pois pode ser que a semente caia em um solo fértil, no terreno daqueles que sabem que precisam trabalhar dentro de si a compaixão, a humildade e o amor pelo próximo. Os benfeitores espirituais vão estar sempre a disseminar o Evangelho de Jesus e a nos assistir e orientar, incansavelmente, em nossa jornada terrena.
Nossa profunda gratidão pela oportunidade que nos é dada de despertar a consciência para o servir e o aprendizado do amor, que ainda é pequeno em nós, porque para eles somos crianças espirituais em aprendizado.

Origem: Do Livro “Umbanda Pé No Chão” – Ramatís/Norberto Peixoto – Editora do Conhecimento)

sábado, 10 de agosto de 2013

Umbanda Branca: Os Orixás nos Ensinos de Jesus - Iemanjá

IEMANJÁ é o respeito, o amor, o despertar da Grande Mãe [arquétipo feminino da criação] em cada um, a percepção de que somos co-criadores com o Pai, podendo gerar a “vida”. Jesus tinha o princípio do masculino e do feminino (animus e anima) em Sua essência divina, em perfeito equilíbrio interno. Hoje, temos uma visão totalmente distorcida e masculinizada do princípio feminino. Deus na realidade é: Deus-Pai-Mãe-Espírito. Temos dificuldade de penetrar na essência do feminino, que é a emoção, a doçura, a compaixão. É a energia que flui, a essência da doação, da harmonia, da vida em perfeito equilíbrio com a natureza, que espera com paciência, em seu próprio ritmo.

Na vibração do amor, tudo se harmoniza e permite que vejamos e aceitemos as pessoas como elas realmente são. Amar é abrir o coração sem reservas, desarmar-se, entregar-se e doar-se. As águas representam as nossas emoções...
 
- “Quem é minha mãe e que são meus irmãos, senão aqueles que fazem a vontade do Pai?”, disse Jesus demonstrando que Seu amor ampliava-se à toda humanidade, para nos ensinar que, rompendo os grilhões do parentesco carnal, formamos uma única família universal.
 
Iemanjá, em sua vibração divina, cria os seus filhos para a vida, para que sejam cidadãos do mundo, respeitando a sua individualidade. Mãe zelosa, quer e visa unicamente ao bem de sua coletividade. É considerada a Grande Mãe porque acolhe também os filhos adotivos, de outras mães. Num terreiro de umbanda é agregadora dos grupos, o sentido de união, o humanitarismo, a procriação no sentido de progresso e prosperidade.

Vovó Maria Conga nos esclarece: “O amor compreendido e praticado é como um pintor que reproduz obras que favoreçam a todos que são abrangidos pelo seu raio visual, provocando o desenvolvimento de novos valores internos, modificando os quadros mais íntimos de cada um, com as novas tintas e pincéis das conquistas realizadas em favor do outro”.

Sendo assim, surge a caridade com si mesmo, que restaura no indivíduo a sua dignidade psíquica, levando-o a superar o momento de dificuldade na conquista do alimento, da manutenção do lar, da educação e da saúde por meio do próprio esforço. É o “ensinar a pescar” que propicia o alimento sempre.

O mar é o nosso maior provedor de alimentos e pulsação da vida – este é o sentido de prosperidade. No seu movimento de fluxo e refluxo das marés, limpa, energiza, leva o negativo e transforma-o em positivo, promovendo o equilíbrio.

Jesus reunia-Se com Seus discípulos nos finais de tarde, às margens do mar de Genesaré, para ensinar-lhes sobre o “reino dos céus”, e transformá-los em pescadores das almas. Em Seu diálogo com Maria de Magdala, no livro Boa Nova, psicografado por Chico Xavier, ela diz: “Desgraçada de mim, Senhor, que não poderei ser mãe”. Então, atraindo-a brandamente para Si, o Mestre acrescentou: “E qual das mães será maior aos olhos de Deus: a que se devotou somente aos filhos da carne, ou a que se consagrou, pelo espírito, aos filhos das outras mães?”.
 
A palavra de Jesus lhe honrava o espírito, convidava-a a ser mãe de seus irmãos em humanidade, aquinhoando-os com os bens supremos das mais elevadas virtudes da vida.
 
“Vai, Maria! Sacrifica-te e ama sempre! Longo é o caminho, difícil a jornada, estreita a porta, mas a fé remove os obstáculos. Nada temas: é preciso crer somente!”
 
E Maria de Magdala renunciou aos prazeres transitórios da carne e dedicou-se integralmente a auxiliar os irmãos em sofrimento, aliviando-lhes as feridas do coração, ficando até o fim de sua vida terrena junto aos aleijados e leprosos.

         Maria de Nazaré, mãe de Jesus, foi o grande exemplo de fé e de entrega absoluta à vontade do   Pai.   Ela   amou   tanto   o   seu   filho   único   que   jamais   O   impediu   de   cumprir   Sua   missão;   pelo contrário, O guiou com seu amor e sofreu com Ele o martírio infamante da cruz. Em retribuição a esse   amor,   Jesus   deixou   a   João,   o   Evangelista,   Seu   discípulo   mais   amoroso,   a   incumbência   de substituí-Lo nos cuidados com Maria.