“Umbanda é o grande e verdadeiro culto que os espíritos humanos encarnados, na Terra, prestam a Obatalá, por intermédio dos Orixás. Desse culto participam os espíritos elementais e os espíritos humanos desencarnados.” “Na sua essência e na sua finalidade, a Umbanda é idêntica a todas as religiões do passado e do presente.” “Em resumo, a Umbanda é a Caridade. Nada mais.” Altair Pinto (Dicionário da Umbanda, Rio de Janeiro: Ed. ECO, 1971. pp. 195-197)
PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
POR QUE CABOCLOS E PRETOS VELHOS?
Lilia Ribeiro
Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira natureza dos Caboclos e Pretos-Velhos.
Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.
No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.
Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “tôco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.
Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.
Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.
Se o freqüentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o conselho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria ocasião de receber ensinamentos preciosos sobre a vida futura, as reencarnações, a necessidade de vencer, com o próprio esforço, a passagem difícil que se lhe apresenta e que será mais um grau conquistado na escola da vida.
Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas materiais do homem.
Não por ser um culto materializado. Pelo contrário: percebendo como o ser humano premido pelas dificuldades que o seu próprio Carma conduz, se afasta do criador, quando a enfermidade, a falta de recursos financeiros, a desarmonia no lar se tornam mais poderosos que a sua crença, os dirigentes espirituais do nosso planeta organizaram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a ajuda através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.
Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.
Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?
Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual; a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.
Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no mundo astral.
Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos.
Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado, neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram. Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.
Uns contam como viveram, há 200 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena. Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.
Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mostram como é necessário dar para receber, perdoar para ser perdoado, corrigir as falhas, dominar os sentimentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.
E através desse trabalho humilde, incompreendido, ainda, por muitos, vão prosseguindo na missão de reconduzir o homem ao caminho que o levará a Deus.
Sua origem, não importa.
Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.
Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.
O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade, para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio. (grifo nosso)
Lilia Ribeiro foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz Esperança e Caridade) e editora do jornal informativo Macaia.
Uma das incógnitas que ainda perduram, na Umbanda, é a verdadeira natureza dos Caboclos e Pretos-Velhos.
Várias opiniões formaram-se a respeito dessas entidades que, através de uma linguagem simples, emitem, por vezes, conceitos que revelam o pensamento erudito de um mestre.
No decorrer de vários anos de convivência com os nossos Velhos e Caboclos, observando-lhes os trabalhos, auscultando opiniões sobre os problemas da vida terrena, notamos que o grau de conhecimento, de evolução varia muito.
Encontramos Pretos Velhos aparentemente apegados aos bens materiais, fazendo questão do “tôco” e do “pito” que não cedem a ninguém, aborrecendo-se com facilidade, reagindo como simples criaturas humanas.
Outros, porém, revelam no procedimento e nas palavras, no acatamento à disciplina imposta necessariamente pela direção espiritual dos trabalhos, a luz espiritual adquirida.
Uns e outros referem-se às senzalas, à vida passada na escravidão ou nas aldeias.
Se o freqüentador assíduo dos terreiros não procurasse o guia apenas para lhe expor as dificuldades da vida terrena, buscando somente o conselho para a solução mais fácil dos seus problemas materiais, teria ocasião de receber ensinamentos preciosos sobre a vida futura, as reencarnações, a necessidade de vencer, com o próprio esforço, a passagem difícil que se lhe apresenta e que será mais um grau conquistado na escola da vida.
Dizia José Álvares Pessoa que a Umbanda é, talvez, a única religião que se preocupa com os problemas materiais do homem.
Não por ser um culto materializado. Pelo contrário: percebendo como o ser humano premido pelas dificuldades que o seu próprio Carma conduz, se afasta do criador, quando a enfermidade, a falta de recursos financeiros, a desarmonia no lar se tornam mais poderosos que a sua crença, os dirigentes espirituais do nosso planeta organizaram um movimento destinado a dar ao homem o conforto, o conselho, a ajuda através dos quais poderá ser, ainda uma vez, reconduzido aos caminhos da fé.
Criaram-se legiões de missionários e para que mais facilmente fossem aceitos e compreendidos pelas classes menos favorecidas, assumiram a feição ainda mais simples, apresentando-se como escravos ou nativos.
Mas terão sido realmente, todos eles, pretos ou índios?
Sabemos que a pobreza e a humanidade não afluem na escala espiritual; a história da nossa pátria evidencia a lealdade, o caráter do índio brasileiro, o valor de muitos escravos.
Sabemos, igualmente que não existem fronteiras, no mundo astral.
Logo, não é de crer que haja um plano exclusivo para caboclos e pretos escravos.
Preferimos, portanto, adotar o conceito de muitos espiritualistas, entre os quais o acima citado J. A. Pessoa:
os guias participam desse movimento de socorro ao homem encarnado, neste final do segundo milênio e se apresentam como Caboclos e Pretos Velhos, nem sempre tiveram a última passagem na terra como escravos ou índios; alguns, possivelmente, nunca o foram. Assumiram essa personalidade como distintivo da missão que viriam a desempenhar.
Uns contam como viveram, há 200 anos ou há pouco mais de meio século, nos engenhos ou nas aldeias indígenas. Outros abstêm-se de qualquer referência à sua passagem na vida terrena. Pacientemente, dão atenção às queixas, ao relato dos pequenos problemas de rotina da nossa vida, aconselhando, animando, esclarecendo, conforme a necessidade de quem lhes fala.
Ensinam a mensagem do Evangelho, o perdão, o amor ao próximo, mostram como é necessário dar para receber, perdoar para ser perdoado, corrigir as falhas, dominar os sentimentos de vingança, de inveja, para adquirir luz.
E através desse trabalho humilde, incompreendido, ainda, por muitos, vão prosseguindo na missão de reconduzir o homem ao caminho que o levará a Deus.
Sua origem, não importa.
Se o Caboclo viveu como um cacique de uma tribo ou como iniciado de uma seita oriental, não interessa no momento.
Se o Velho foi escravo ou jovem médico, ou se foi mestre na magia, também não faz diferença.
O que vale, agora, é apenas a missão a ser cumprida, em benefício da humanidade, para que o Brasil, futuro centro de difusão do Evangelho, esteja melhor preparado para o advento do III Milênio. (grifo nosso)
Lilia Ribeiro foi dirigente da TULEF (Tenda de Umbanda Luz Esperança e Caridade) e editora do jornal informativo Macaia.
domingo, 19 de agosto de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
CALENDARIO DE SETEMBRO/OUTUBRO/NOVEMBRO/ DEZEMBRO
Data
|
Atividade
|
Horário
|
1 DE SETEMBRO
SÁBADO
|
SAIDA DE YALORIXÁ
SANDRA
|
17h
|
15 DE SETEMBRO
SÁBADO
|
SESSÃO DE CARIDADE
OGUM, CABOCLO E EXÚ
|
18h
|
29 DE SETEMBRO
SÁBADO
|
MESA DE UMBANDA
&
ATENDIMENTO COM PRETOS VELHOS
|
18h
|
13 DE OUTUBRO
SÁBADO
|
HOMENAGEM A IBEJI E A XANGÔ
GIRA FESTIVA
|
18h
|
20 DE OUTUBRO
SÁBADO
|
MESA DE UMBANDA
&
ATENDIMENTO COM PRETOS VELHOS
|
18h
|
27 DE OUTUBRO
SÁBADO
|
SESSÃO DE CARIDADE
CABOCLO E IBEJI
|
18h
|
2 DE NOVEMBRO
SEXTA
|
MESA DE UMBANDA
PRECES AOS FALECIDOS
ATENDIMENTO COM PRETOS VELHOS
|
18h
|
17 DE NOVEMBRO
SÁBADO
|
SESSÃO DE CARIDADE
OGUM, CABOCLO E EXÚ
|
18h
|
24 DE NOVEMBRO
SÁBADO
|
SESSÃO DE CARIDADE
CABOCLO E PRETO VELHO
|
18h
|
8 DE DEZEMBRO
SÁBADO
|
HOMENAGEM A IANSÃ E A OXUM
GIRA FESTIVA
|
18h
|
16 DE DEZEMBRO
DOMINGO
|
GIRA DE ENCERRAMENTO ANUAL
PRAIA E CACHOEIRA
|
6h
|
sábado, 4 de agosto de 2012
Assinar:
Postagens (Atom)