PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

OUTRA CEIA - UMBANDA


Eu tive um sonho bom
Gostoso de sonhar
Durou a noite inteira
Eu tive um sonho bom
Sonhei com Oxalá
Em plena sexta-feira

Abri o coração com toda a minha fé
Cansado de chorar, rezei
Falei da minha cruz
Roguei o seu axé
A luz que é verdadeira
Também pedi perdão por tudo o que eu errei
E ele quis cuidar de mim
Chamou os Orixás
Corrente de poder
Nessa reunião se fez

Mandou Iemanjá, Oxum
Oxumaré
Lavarem o meu coração
Que o vento de Iansã soprasse com amor
Mais justiça de Xangô
Que a espada de Ogum ganhasse de uma vez
Batalhas por onde eu passar
Que Oxossi não deixasse a ceia me faltar
E Ossaim com as ervas me banhar

Da saúde também, Omolú vai cuidar
A falange atendeu ao meu Pai Oxalá

E nessa reunião estava toda falange do ritual
Logun Edé, Omulu, Ifá, Ibejí, Caboclos, Pretos Velhos
Ibejada, Vovó Nanã é claro!
Os exus foram na frente limpando os caminhos.
Obrigada meu pai Oxalá, pela saúde, pela paz
E até pelos tropeços que ensinam a gente a viver.
É sempre bom tá em sintonia com a sua luz,
Que é a luz maior, que é a luz verdadeira.
Obrigado meu Pai Oxalá. Atoto Obaluaê!

sábado, 21 de janeiro de 2012

UMBANDA É DE CRENÇA ESPÍRITA

A clareza mental do codificador do Espiritismo se constata pela precisão de sua linguagem e na abordagem dos temas, pois teve uma coragem e um inconformismo com que pairou acima dos preconceitos e dogmas religiosos de sua época. Infelizmente o espírito kardequiano está um pouco esquecido numa grande parte dos que se dizem espíritas. Mostram-se crentes fanáticos como se fossem de uma religião fundamentalista, e, de forma paradoxal, despreparados para exercitar o "ser espírita" preconizado por Kardec, inserido no aspecto religioso da Doutrina, contido no livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo".

Este título, uma das obras básicas, divide os Evangelhos em cinco partes: "os atos ordinários da vida do Cristo; os milagres; as profecias; as palavras que serviram para o estabelecimento dos dogmas da Igreja; e o ensino moral". A parte moral foi considerada, pelos espíritos iluminados que conduziram a Codificação, de suma importância, tanto que as demais são ínfimas se comparadas em número de páginas com ela. E Kardec acrescenta: "Esta parte constitui o objeto exclusivo da presente obra".

Logo, podemos concluir com toda a segurança que religião, no enfoque espírita, é antes de tudo uma questão de conduta moral, que deveria se refletir no comportamento dos que adotam o Espiritismo. Infelizmente isto não se verifica na prática, o que atribuímos ao atavismo arraigado dos homens, obviamente desvinculado da essência do que é "ser espírita". Allan Kardec nunca preconizou que o espírita verdadeiro seria este ou aquele, pois não existem falsos espíritas, o que fazia com que ele admitisse que os indivíduos permanecessem ligados às suas igrejas e templos. O Espiritismo sendo uma doutrina filosófica, como tanto insistiu o Codificador, não há possibilidade da existência de espíritas melhores do que outros, falsos ou verdadeiros. Constatamos um fanatismo religioso desconectado do aspecto moral da doutrina espírita, que denota instabilidade e despreparo espiritual dessas pessoas que não têm nada a ver com o Espiritismo, muito menos com o Plano Espiritual.

Bebamos direto da fonte de luz para clarearmos nossos raciocínios. Transcrevemos a seguir algumas palavras de Allan Kardec extraídas de "O que é o Espiritismo", obra de domínio público: "A doutrina hoje ensinada pelos espíritos nada tem de novo; seus fragmentos são encontrados na maior parte dos filósofos da Índia, do Egito e da Grécia, e se completam nos
ensinos de Jesus Cristo".

"Sob o ponto de vista religioso, o Espiritismo tem por base os verdadeiros fundamentos de todas as religiões: Deus, a alma, a imortalidade, as penas e recompensas futuras. Mas é independente de qualquer culto particular. Seu fim é provar a existência da alma aos que negam ou que disso duvidam; demonstrar que ela sobrevive ao corpo e que, após a morte, sofre as conseqüências do bem e do mal que haja feito durante a vida terrena - e isto é comum a todas as religiões".

"Como a crença nos Espíritos é igualmente de todas as religiões, assim é de todos os povos, por isso que onde há homens há Espíritos e, ainda, porque as manifestações são de todos os tempos, e seus relatos, sem qualquer exceção, se acham em todas as religiões. Assim, pois, pode-se ser católico, grego ou romano, protestante, judeu ou muçulmano e crer nas manifestações dos Espíritos e, conseqüentemente, ser-se espírita. A prova está em que o Espiritismo tem adeptos em todas as religiões".

"Não sendo os Espíritos mais do que as almas, não é possível negar aqueles sem negar estas. Admitindo-se as almas ou Espíritos, a questão se reduz à sua expressão mais simples: as almas dos que morreram podem comunicar-se conosco?"

"O Espiritismo prova a afirmação com os fatos materiais. Que prova podem dar de que isto
seja impossível? Se o é, nem todas as negações do mundo impedirão que o seja, porque isto não é
um sistema, nem uma teoria, mas uma lei da natureza. E contra as leis da natureza é impotente a vontade dos homens."

Umbanda é de crença espírita, diria Allan Kardec se estivesse encarnado entre nós? Com certeza a resposta é sim.

Imploramos ao Alto que os que se dizem espíritas na Terra resgatem o senso de observação de Allan Kardec, desprovido de quaisquer preconceitos. Analisem, observem, estudem e compreendam a Umbanda e, antes de qualquer coisa, respeitem-na como expressão mediúnica da Espiritualidade Superior para socorrer os necessitados do corpo e da alma.

E, todos os irmãos, vamos nos dar as mãos, independente de fé, crença, raça, religião, sexo e classe social. Vamos nos amar uns aos outros.

Norberto Peixoto
In Jardim Dos Orixas
por Ramatis

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A DIVINA MEDIADORA


"A luz da verdadeira religiosidade provisoriamente está compartimentada na Terra. Iludem-se os filhos pelo falso brilho e se consideram "salvos", aprisionados nas religiões que praticam. Isso não é muito diferente das mariposas que eram atraídas cegamente pela luminosidade das lamparinas nas varandas da casa do sinhô. Facilmente se afogavam no azeite ou caiam ao solo pela oleosidade que paralisava suas delicadas asas, sendo rapidamente devoradas pelos répteis rastejantes na noite que encobria-nos, escravos exaustos.

Saibam que no passado de grande opressão aos cultos ancestrais, essa preta velha, tristemente, ficava sentada na entrada da senzala. Ao fundo escutava gemidos de dores pelas chibatadas nos dorsos nus dos negros "preguiçosos". Refletia que se não houvesse perseguições religiosas e se cada um dos manos brancos procurassem o caminho mais desejável para apaziguar a índole espiritual oprimida que os afligia - não somente quando seus filhos ou else mesmos adoeciam, ocasiões que sem jeito às escondidas e com pouca modéstia se achegavam pedindo a cura aos intermediários dos Orixás -, não haveria tanto conflito até os dias de hoje.

A escada que leva ao Pai não é feita de um único degrau, mas da união de todos, que devem ser transpostos para se chegar ao topo, à porta de entrada da libertação dos sofrimentos impostos pelo esmeril das vidas físicas sucessivas.

As religiões, as doutrinas, as crenças, os cultos e os ritos; as raças, os sexos, os idiomas, as riquezas e as pobrezas; a saúde e as doenças; as alegrias e as dores; todas as diferenças psíquicas e biológicas, as peculiaridades características das formas que animam as personalidades mortais, nada mais são que ilusórios degraus que devem ser superados a caminho da real escada evolutiva do espírito imortal.

A Umbanda passa ao longe de se mostrar como o único caminho ou mais um tratado doutrinário definitivo. Serve como mediadora na Terra para auxiliar os que buscam a união com o Divino. É sua missão ser instrumento iluminativo e despertar o Cristo interno, mostrando que está dentro de cada um dos filhos encontrar o caminho, a verdade e a vida. Molda-se à diversidade das consciências e é ativa e dinâmica em sua parte visível terrena, estável e firme no espaço oculto. Nessa abençoada mistura todos estão evoluindo.

Graças a Oxalá, a Umbanda não é mais uma lamparina que afoga e imobiliza aos que buscam a iluminação espiritual."

Vovó Maria Conga.

Contribuição de Conceição Werneck

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

GIRA FESTIVA PARA OXOSSI


Informamos aos amigos e irmãos de fé em Umbanda que realizaremos nossa gira em homenagem ao Orixá da caça e da fartura Oxossi - O catequizador das almas no dia 21 de janeiro as 18 h.

Oxóssi é a expansão dos limites, do seu campo de ação, enquanto a caça é uma metáfora para o conhecimento, a expansão maior da vida. Ao atingir o conhecimento, Oxóssi acerta o seu alvo. Por este motivo, é um dos Orixás ligados ao campo do ensino, da cultura, da arte. Nas antigas tribos africanas, cabia ao caçador, que era quem penetrava o mundo "de fora", a mata, trazer tanto a caça quanto as folhas medicinais. Além, eram os caçadores que localizavam os locais para onde a tribo poderia futuramente mudar-se, ou fazer uma roça. Assim, o orixá da caça extensivamente é responsável pela transmissão de conhecimento, pelas descobertas. O caçador descobre o novo local, mas são os outros membros da tribo que instalam a tribo neste mesmo novo local. Assim, Oxóssi representa a busca pelo conhecimento puro: a ciência, a filosofia.

Oxóssi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.

Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxóssi representa uma das sete forças primordias de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.


quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CULTO A IEMANJÁ- PATRIMÔNIO CULTURAL CARIOCA


DECRETO Nº 35020 DE 29 DE DEZEMBRO DE 2011


DIÁRIO OFICIAL de 30 de dezembro de 2011
Declara Patrimônio Cultural Carioca as festas que cultuam Iemanjá realizadas nas praias da Cidade do Rio de Janeiro.
O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais e,
CONSIDERANDO que as festas religiosas em culto a Iemanjá são uma comemoração tradicional do Candomblé e da Umbanda realizadas nas praias da Cidade do Rio de Janeiro;
CONSIDERANDO que o sincretismo religioso é uma forma de expressão da cultura afro-brasileira
CONSIDERANDO que, mesmo de caráter religioso específico, as festas de Iemanjá agregam cidades de diferentes identidades religiosas, irmananda-os num mesmo propósito de fraternidade solidária e identificação cultural;
CONSIDERANDO a necessidade de se preservar a memória cultural através do registro dos seus modos de fazer e de celebrar;
CONSIDERANDO o pronunciamento do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural, através do processo n.º 12/000.101/2010,
DECRETA:
Art. 1.º Ficam declaradas Patrimônio Cultural Carioca AS FESTAS QUE CULTUAM IEMANJÁ, REALIZADAS AS PRAIAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, nos termos do § 1.º do ar=igo 4.º do Decreto n.º 23.162, de 21 de julho de 2003.
Art. 2.º O órgão executivo municipal de proteção do patrimônio cultural inscreverá as festas que cultuam Iemanjá, como bem cultural de natureza imaterial, no Livro de Registro das Atividades e Celebrações.
Art. 3.º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2011; 447º ano da fundação da Cidade.
EDUARDO PAES
Prefeiro da Cidade do Rio de Janeiro

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

QUEM MANDA NA MATA É OXOSSI


Oxossi na Umbanda é considerado patrono da linha dos caboclos, atuando para o bem-estar físico e espiritual dos seres humanos.

Segundo esta religião, Oxóssi é figura representativa de uma das sete forças principais de Deus: a força da luta, do trabalho, da providência e da afirmação positiva. Assim, para a Umbanda, Oxossi representa uma das sete forças primordias de Deus, pertencendo ao pólo positivo das energias espirituais, expandindo, irradiando e impelindo os seres para a construção vigorosa de seus destinos, bem como garantindo que os mais fragilizados encontrem doutrinação firme e amorosa, desenvolvendo seu saber religioso e sua fé.

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terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O EVANGELHO E O FUTURO

Um modesto escorço da História faz entrever os laços eternos que ligam todas as gerações nos surtos evolutivos do planeta.

Muita vez, o palco das civilizações foi modificado, sofrendo profundas renovações nos seus cenários, mas os atores são os mesmos, caminhando, nas lutas purificadoras, para a perfeição d’Aquele que é a Luz do princípio.

Nos primórdios da Humanidade, o homem terrestre foi naturalmente conduzido às atividades exteriores, desbravando o caminho da natureza para a solução do problema vital, mas houve um tempo em que a sua maioridade espiritual foi proclamada pela sabedoria da Grécia e pelas organizações romanas.

Nessa época, a vinda do Cristo ao planeta assinalaria o maior acontecimento para o mundo, de vez que o Evangelho seria a eterna mensagem do Céu, ligando a Terra ao reino luminoso de Jesus, na hipótese da assimilação do homem espiritual, com respeito aos ensinamentos divinos. Mas a pureza do Cristianismo não conseguiu manter-se intacta, tão logo regressaram ao plano invisível os auxiliares do Senhor, reencarnados no globo terrestre para a glorificação dos tempos apostólicos.

O assédio das trevas avassalou o coração das criaturas. Decorridos três séculos da lição santificante de Jesus, surgiram a falsidade e a má-fé adaptando-se às conveniências dos poderes políticos do mundo, desvirtuando-se-lhe todos os princípios, por favorecer doutrinas de violência oficializada.

Debalde enviou o Divino Mestre seus emissários e discípulos mais queridos ao ambiente das lutas planetárias. Quando não foram trucidados pelas multidões delinqüentes ou pelos verdugos das consciências, foram obrigados a capitular diante da ignorância, esperando o juízo longínquo da posteridade.

Desde essa época, em que a mensagem evangélica dilatava a esferada liberdade humana, em virtude da sua maturidade para o entendimento das grandes e consoladoras verdades da existência, estacionou o homem espiritual em seus surtos de progresso, impossibilitado de acompanhar o homem físico na sua marcha pelas estradas do conhecimento.

É por esse motivo que, ao lado dos aviões poderosos e da radiotelefonia, que ligam todos os continentes e países da atualidade, indicando os imperativos das leis da solidariedade humana, vemos o conceito de civilização insultado por todas as doutrinas de isolamento, enquanto os povos se preparam para o extermínio e para a destruição. É ainda por isso que, em nome do Evangelho, se perpetram todos os absurdos nos países ditos cristãos.

A realidade é que a civilização ocidental não chegou a se cristianizar. Na França temos a guilhotina, a forca na Inglaterra, o machado na Alemanha e a cadeira elétrica na própria América da fraternidade e da concórdia, isto para nos referirmos tão-somente às nações supercivilizadas do planeta. A Itália não realizou a sua agressão à Abissínia, em nome da civilização cristã do Ocidente? Não foi em nome do Evangelho que os padres italianos abençoaram os canhões e as metralhadoras da conquista? Em nome do Cristo espalharam-se, nestes vinte séculos, todas as discórdias e todas as amarguras do mundo.

Mas é chegado o tempo de um reajustamento de todos os valores humanos. Se as dolorosas expiações coletivas preludiam a época dos últimos ''ais'' do Apocalipse, a espiritualidade tem de penetrar as realizações do homem físico, conduzindo-as para o bem de toda a Humanidade.

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus verdadeiros caminhos.

No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era. São chegados os tempos em que as forças do mal serão compelidas a abandonar as suas derradeiras posições de domínio nos ambientes terrestres, e os seus últimos triunfos são bem o penhor de uma reação temerária e infeliz, apressando a realização dos vaticínios sombrios que pesam sobre o seu império perecível.

Ditadores, exércitos, hegemonias econômicas, massas versáteis e inconscientes, guerras inglórias, organizações seculares, passarão com a vertigem de um pesadelo.

A vitória da força é uma claridade de fogos de artifício. Toda a realidade é a do Espírito e toda a paz é a do entendimento do reino de Deus e de sua justiça.

O século que passa efetuará a divisão das ovelhas do imenso rebanho. O cajado do pastor conduzirá o sofrimento na tarefa penosa da escolha e a dor se incumbirá do trabalho que os homens não aceitaram por amor.

Uma tempestade de amarguras varrerá toda a Terra. Os filhos da Jerusalém de todos os séculos devem chorar, contemplando essas chuvas de lágrimas e de sangue que rebentarão das nuvens pesadas de suas consciências enegrecidas.

Condenada pelas sentenças irrevogáveis de seus erros sociais e políticos, a superioridade européia desaparecerá para sempre, como o Império Romano, entregando à América o fruto das suas experiências, com vistas à civilização do porvir.

Vive-se agora, na Terra, um crepúsculo, ao qual sucederá profunda noite; e ao século XX compete a missão do desfecho desses acontecimentos espantosos.

Todavia, os operários humildes do Cristo ouçamos a sua voz no âmago de nossa alma:

"Bem-aventurados os pobres, porque o reino de Deus lhes pertence!

Bem-aventurados os que têm fome de justiça, porque serão saciados!

Bem-aventurados os aflitos, porque chegará o dia da consolação!

Bem-aventurados os pacíficos, porque irão a Deus!"

Sim, porque depois da treva surgirá uma nova aurora. Luzes consoladoras envolverão todo o orbe regenerado no batismo do sofrimento. O homem espiritual estará unido ao homem físico para a sua marcha gloriosa no Ilimitado, e o Espiritismo terá retirado dos seus escombros materiais a alma divina das religiões, que os homens perverteram, ligando-as no abraço acolhedor do Cristianismo restaurado.

Trabalhemos por Jesus, ainda que a nossa oficina esteja localizada no deserto das consciências.

Todos somos dos chamados ao grande labor e o nosso mais sublime dever é responder aos apelos do Escolhido.

Revendo os quadros da História do mundo, sentimos um frio cortante neste crepúsculo doloroso da civilização ocidental. Lembremos a misericórdia do Pai e façamos as nossas preces. A noite não tarda e, no bojo de suas sombras compactas, não nos esqueçamos de Jesus, cuja misericórdia infinita, como sempre, será a claridade imortal da alvorada futura, feita de paz, de fraternidade e de redenção.

EMMANUEL

A CAMINHO DA LUZ

POR CHICO XAVIER