PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

PONTO ESTILIZADO DO TEMPLO

quinta-feira, 14 de julho de 2016

A UMBANDA ME ENSINOU...



A Umbanda me ensinou que: “Fora do Amor não há Salvação”, pois Deus é Amor. Por isso, serenamente, sem imposições, sem julgamentos, sem pressão, sem condicionamentos, nos coloca frente a frente com nossos irmãos, principalmente em atendimentos fraternos, para que através da caridade desmedida e gratuita efetuadas não por nos médiuns, mas, pelos abençoados Guias e Protetores Espirituais, possamos juntos fazer somente o bem, porque é bom ser bom, e é ruim ser ruim. Afinal, a caridade é uma das maiores expressões de amor que existe. A caridade é a linguagem pela qual as preces das pessoas são ouvidas, quando se dirigem a Deus.

 A Umbanda me mostrou, através das manifestações mediúnicas, que nossos irmãos, os Guias e Protetores Espirituais, em suas simplicidades, singelezas e humildade, apresentam-se em roupagens fluídicas arquetípicas regionais, tipos sociais, ocultando suas luzes, para que possamos entender que todos podemos, irmanados, servir a Deus e ao próximo, sem as complicações metafísicas, lingüísticas, teológicas, teosóficas e filosóficas, mas sim, com amor, perdão, caridade, dedicação, sutileza, firmeza, determinação, coragem, destemor, mostrando-nos que absolutamente todos, independente de credo, cor, grau social, grau escolar, grau evolucional, podemos ser instrumentos de Deus Pai para tudo e para todos.

A Umbanda me mostrou que mesmo os nossos irmãos desafortunados, que fixam moradas temporárias no Reino da Kimbanda (Vale das Sombras), estão exercendo em pleno direito, o seu livre arbítrio. Me ensinou que estes irmãos não são ignorantes e muito menos inferiores, mas simplesmente estão vivendo como acham melhor, acreditando no que acham certo e optando por metas que acham serem corretas, e por isso devemos respeitá-los, sem julgamentos, perseguições e ódios. Me ensinou que gradativamente, todos um dia se libertarão de seus condicionamentos mentais ilusórios, deixarão de serem malvados, voltando-se então para as verdades eternas e imutáveis. Mas, salienta que não existe uma guerra de poder contra Deus, mas tão somente uma guerra de poder temporal, onde somente muitos querem impor suas realidades como verdade absoluta.

NO EVANGELHO ENCONTRAMOS OS POSTULADOS, AS PRÁTICAS E A SÍNTESE DE FÉ UMBANDISTA


Disse Jesus: “Por aquele tempo tomou Jesus a palavra e disse: Louvo-te, Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelas aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. Tudo me foi entregue por meu Pai e ninguém conhece o filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o filho, e aquele a quem o filho quiser revelá-lo. Vinde a mim todos os que estais fatigados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas, pois meu jugo é suave e meu fardo leve”. (Mat. 11:25-30).

Com isso Jesus nos exorta que Ele é o farol da Umbanda, onde nós nos nortearemos em busca da espiritualidade maior. A Umbanda alicerçada em Nosso Senhor Jesus Cristo é a que nos toca, sem cerimônias barulhentas; é aquela onde se fazem preces elevadas; onde se estabelece o silêncio edificador e se pede a concentração. Onde se estabelecem horários; onde a disciplina impera desde o dirigente até aos auxiliares menos graduados.

A Umbanda de Jesus é aquela que tem finalidades elevadas e educativas, retificadoras e regenerativas, onde se recomenda a reforma íntima e a lei do amor ao próximo. Onde se aconselha o perdão e não se atiça o consulente à luta, ao acirramento.

Onde já foi substituído o olho por olho. Onde o adepto ou simpatizante, além do passe, dos descarregos e dos aconselhamentos, tenha em vistas a sua reforma íntima, a sua melhoria, tanto material quanto espiritual, em sentido do seu aperfeiçoamento. (Jota Alves de Oliveira)

·         Jesus dizia aos judeus que criam nele: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos. E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. (João. 8:31-32)

“Do ponto de vista psicológico, a verdade pode ser entendida sob três aspectos: a minha verdade; a verdade do outro; e a verdade absoluta; a verdade é muito relativa; a verdade absoluta é Deus”. A verdade nos chega por etapas, isto é: em porções que nós possamos compreender e assimilar sem temor. Todos sabemos que a verdade é o oposto à mentira. Mas sabemos, também, que há muitas meias-verdades e muitas meias-mentiras engendradas pelo homem, composto de bem e de mal: meio honesto e meio desonesto. O homem é, também, um ser ardiloso, feito camaleão: quando está no sol ele é azulado, quando na sombra, é verde. Assim procedem ainda, em maioria, os homens no mundo. Mas, se queremos nos libertar das amarras de tudo que é inferior e que nos inferniza, tomemos a decisão de procurar a verdade e viver com ela, sem mais tintas.

O Mestre nos deixou lições de filosofia, de ciência e de moral para vivermos em equilíbrio, para sermos felizes dentro do relativo entendimento de cada um e das luzes que vamos acendendo em nosso interior, não só através do estudo, que nos enriquece a razão, como o de agirmos dentro da bondade e da caridade. É indispensável conhecer a verdade, procurando-a num trabalho intenso e constante, para colhermos todo o bem e todas as virtudes que estão latentes em nós e tem de ser desenvolvidas e postas em ação para alcançarmos à perfeição.

 A realidade evangélica é chamada a fazer luz em nosso entendimento, para que a nossa razão seja despertada para o movimento da magia positiva em nossa consciência. Sem esse desejo veemente não alcançaremos aquela paz que nos falta e de que o Mestre nos falou.

Seguí as orientações dadas pelos Guias e Protetores Espirituais, transformando suas vidas, pois só assim conseguiremos reatarmos a amizade com a paz, a saúde, a união, a fraternidade, a fim de entendermos realmente o que seja a verdade da vida.

“Por todos os lugares, pregai e proclamai que o Reino dos Céus se aproxima.”. (Mt – 10:7)

Na Umbanda, procuramos sempre conscientizar os nossos irmãos da importância da fé na espiritualidade, bem como em nossas vidas terrenas. Jesus quis nos dizer que devemos nos investir da espiritualidade superior, com fé no coração e por onde estivermos pregar e proclamar, mas sempre respeitando a individualidade, a diversidade e a crença de cada um, não impondo, mas esclarecendo, que o Reino dos Céus se aproxima.

Este reino se aproxima pela bondade, compaixão, caridade, benevolência, paciência, humildade, fé, amor e perdão que cada um deverá ter plantado em seu íntimo, a fim de receber o reino de luz em seu Espírito. Não devemos tentar “converter” ninguém, mas sim, esclarecer, através de nossos exemplos, da importância de somente fazermos o bem. A Umbanda deve ser anunciada a todos através dos nossos exemplos, por tudo o que aprendemos dentro de um Terreiro Umbandista, e vivenciamos na vida. Afinal, a Umbanda tem como lei a caridade e como meta, a nossa fé e a nossa luta para salvarmos a todo irmão, mas com uma particularidade: sem vaidade, sem fins pecuniários, respeitando, ouvindo, ensinando e aprendendo, pois Oxalá (Jesus) nos aponta o caminho que devemos seguir.

·         “Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os Espíritos maus..”. (Mt 10:8)

Vejam bem, que a Umbanda obedece fielmente o determinado por Jesus:

“(...) Curai os enfermos” (...) – Realizamos em nossos Terreiros a edificante mensagem do Evangelho, calcada nas preciosas orientações dos Espíritos de luz, a fim de “curarmos” as enfermidades do Espírito e do corpo de cada um, pois será somente através da reforma íntima que conseguiremos alcançar nossa cura interior e assim termos paz. A Umbanda realiza este trabalho de conscientização, onde todos têm a oportunidade bendita do aprendizado, e assim, crescer perante Deus e a humanidade. Quantos não vêm procurar a Umbanda, a fim de terem suas doenças físicas curadas ou minoradas. Deus, em sua infinita misericórdia nos deu a condição abençoada de através da mediunidade redentora, podermos orientar e minimizar as doenças corporais daqueles que nos procuram. Jamais devemos nos escoimar do atendimento fraterno, àqueles que vêm em busca do alivio para as doenças de seu corpo. Não somos médicos, e nem queremos passar por cima da medicina convencional, mas, temos condições de minorar o sofrimento dos nossos irmãos, através das orientações calcadas no Evangelho, passes, banhos, descarregos, defumações e tudo o que a Natureza dispõe, a fim de auxiliarmos a quem nos procura, com parcimônia.

“(...) Ressuscitai os mortos” (...) – Aqui, claramente, Jesus se refere à comunicação com os mortos (que deixou de viver), ou seja, a prática da mediunidade. Com isso, claramente definido no Evangelho, Jesus nos exorta da importância do trabalho mediúnico. Jesus não se refere à ressuscitação de um falecido, de alguém morto na carne, pois tal fato feriria a Lei Divina, e Jesus disse: “Não cuideis que vim destruir a lei e os profetas, não vim ab-rogar, mas cumprir”. (Mat. 5:17). Se fosse ressuscitar um corpo morto, Jesus diria: “Ressuscitai os cadáveres” (corpo morto). A prática da mediunidade consciente é uma dádiva divina, que deve ser cultivada e praticada, pois nela estaremos cumprindo com amor, os designativos de Deus, sendo fieis servidores da espiritualidade maior, através dos Espíritos Santos de Deus, nossos Guias e Protetores Espirituais.

“(...) Curai os leprosos” (...) – Aqueles que se encontram desiludidos, sem tempero pra nada, desvitalizados, sem o doce da vida, ou seja, praticamente “mortos” para o mundo e para o Espírito. São esses que infelizmente, pela perca do amor próprio, criam verdadeiras “feridas” no corpo espiritual, e, muitas vezes, essas “feridas” se materializam no corpo físico. São as feridas ocasionadas pelas doenças morais. É a esses que Jesus exortou, para que curássemos os leprosos. São aqueles que já se encontram com as “feridas” das desilusões, depressão, pânico, drogas, alcoolismo, etc., instaladas em seus corpos físicos e seus Espíritos. A Umbanda nos ensina que a vida é um dom precioso que Deus nos deu e que devemos vivê-la com intensidade, mas, tendo disciplina. Somente aprendendo a viver a vida, sem temores, sem hipocrisia, sem falsos pudores, falsos limites, nos reformando diariamente, conseguiremos ter a alegria de viver plenamente, renascendo, encontrando a luz que ilumina nossos caminhos e tendo a certeza que estamos amparados por uma força maior. A Umbanda nesta hora nos ensina a termos fé incondicional em Deus, mas também nos ensina a termos fé na vida e na possibilidade infinita que temos de sempre vencer, pois não está escrito em lugar nenhum, que estamos aqui, encarnados, para tão somente sofrer; “A dor é inquestionável, mas o sofrimento é opção”. Então, conscientizando a cada um, que a vida é bela, que o mundo não é um vale de lágrimas, e que Deus está presente em tudo, somente querendo a nossa felicidade, estaremos “curando os leprosos”, fazendo-os reviverem para a vida e para Deus.

“(...) Expulsai os Espíritos maus” (...) – É a caridade efetuada com os obsessores, kiumbas e sofredores, e perfazem um dos trabalhos mais importantes e bonitos na Umbanda. Eis aqui, um verdadeiro trabalho de caridade. Através do Descarrego (desobsessão), atingimos com eficiência, tanto aos desencarnados quanto aos encarnados desequilibrados, orientando, auxiliando e encaminhando todos, para a realidade da vida e do Espírito.

“De graça recebestes, de graça dareis..”. (Mt 10:8)

A beneficência desinteressada é favorecida pela caridade moral e pela caridade material. Faz-se pelo amor. Pela simples vontade de fazer o bem. Não dissimula o beneficio. Evitam-se as menores aparências. A verdadeira caridade é feita sem ostentação, sem vaidade, sempre sentindo em seu íntimo, que ao invés de auxiliar, está sendo auxiliado, ou seja, ao invés de beneficiar, é ele quem esta sendo beneficiado.

“Eu sou a luz do mundo; quem me segue, de modo nenhum andará em trevas, mas terá a vida eterna” (João 8:12)

A luz é o símbolo da vida. Onde não existe luz, não há condições de vida.

O Hino da Umbanda diz: “Refletiu a luz divina; em todo seu esplendor; vem do Reino de Oxalá; onde a paz e amor; luz que refletiu na Terra. Luz que refletiu no mar; luz que veio de Aruanda; para tudo iluminar (...)”.

A Umbanda, se seguida fielmente em seus preceitos crísticos, é a luz redentora de Jesus presente na Terra.

Quem seguir a luz redentora de Jesus, com certeza não andará nas trevas.

Na espiritualidade, a luz se revela através de Jesus, que através de Seus ensinamentos é a luz que faz com que todos se aproximem mais do Divino Criador.

Todos nós precisamos desta luz para nos conduzir. Todos nós precisamos desta luz para não tropeçar nos caminhos da vida. Caminhar sem esta luz, que é Jesus, é caminhar nas trevas, onde tudo é difícil e perigoso, e com certeza, vamos nos expor a quedas imprevisíveis.

Assim, pois, se Jesus é a luz que ilumina o mundo e os nossos caminhos, então, sigamos com Ele, não nos apegando com dependência na figura terrena de Jesus, mas sim, seguindo fielmente Seus ensinamentos.

Muitos se apegam na figura de Jesus, pedindo que Ele resolva seus problemas; suas pendengas não serão resolvidas por Jesus, mas terão soluções se seguir o que Ele ensinou.

Afinal, Jesus mesmo nos disse: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-me” (Lc 9,23); vejam que Jesus não disse que iria tirar a nossa cruz (nossos problemas).

Em outro trecho do Evangelho Ele completa: “Vinde a mim, todos vós que sofreis e que estais sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou brando e humilde de coração, e encontrareis o repouso de vossas almas, porque meu jugo é suave e meu fardo é leve”. (Mt, cap. XI, vv. 28 a 30), com isso Jesus quis nos dizer que somente os Seus ensinamentos são capazes de oferecer o lenitivo para as nossas dores e sofrimentos.


EXTRAIDO DE

“UMBANDA – A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO PARA A CARIDADE”

CALENDÁRIO JULHO E AGOSTO DE 2016


quarta-feira, 13 de julho de 2016

A UMBANDA É JESUS TRABALHANDO

 
Pai Tomé disse: “O Espiritismo é Jesus ensinando. A Umbanda é Jesus trabalhando”.
A Umbanda me ensinou que não devemos trabalhar como servidores tão somente pensando estar  fazendo “Caridade”, como um ato de esmola, favor ou benefício, mas sim, trabalhar com Espírito compassivo, a compaixão fervorosa que compreende a dor dos outros de forma verdadeira, sem julgamentos, sem egoísmo, sem reservas, seja o que for, material ou espiritual, procurando intervir de alguma forma, a fim de mudar o quadro de sofrimento alheio.

DENDEZEIRO


O mariwo está ligado a Ogun assim como Ogun está ligado ao culto das árvores. Entretanto a árvore do qual se extrai o mariwo, o dendezeiro (Elaeis guineensis) pertence aos orixás da Criação, chamados Funfun, pois a cor branca é uma de suas principais insígnias. O Igi òpè, nome iorubano do dendezeiro, é uma árvore primordial. Já existia quando Obatalá e Oduduwa iniciaram a missão de criar o Aye (Terra), na verdade o igi òpè guarda consigo a essência desses orixás. Por isso era vetado a Obatalá beber do seu sumo, pois estaria bebendo o próprio sangue.

A CARIDADE - O COMPROMETIMENTO DO MÉDIUM


domingo, 7 de junho de 2015

A SENHORA DA LUZ VELADA


Este é um dos nomes pelo qual é conhecida a Umbanda. O que realmente quer dizer essa luz velada, da qual a Umbanda é senhora? Tratando-se de um Movimento Espiritualista Cristão, a Umbanda é um dos meios pelos quais a Espiritualidade Superior toca seus clarins, conclamando a humanidade para a volta a Luz.

Se essa Luz ainda está velada, é função do Movimento Umbandista, como um dos agentes da Misericórdia de Deus, pela ação dos abnegados Instrutores Espirituais, torná-la conhecida e brilhante, atingindo a todos aqueles que dele se acercam.

Não entenda esse termo como sinônimo de algo escondido, como rezas, mirongas, sinais cabalísticos, etc., obscuros ao entendimento dos seres em busca dessa Luz.

Se existe algo escondido é pela falta de conhecimento das coisas do Espírito, que o Movimento Umbandista, nas suas varias manifestações, tem o dever de tornar transparente.

Os estudiosos do assunto dizem que Umbanda é um vocábulo oriundo do termo abanheenga (a mais antiga língua falada no Brasil) “AUMBANDAM”, que significa: “o conjunto das Leis Divinas”. Outros dizem tratar-se, também, a sua origem da expressão m’banda (termo yorubá) que significa “aquele que cura”.

Essas leis estão gravadas no nosso ser, infelizmente, para a maioria dos homens, de forma velada, cabendo às Religiões, realizando a religação com Deus, torná-las conhecidas, trazendo-as ao campo da razão e da emoção, para que se tornem ativas nos indivíduos, plenificando-os de Luz.

Na “Sabedoria e no Amor” está a síntese das Leis Divinas, alcançá-las em plenitude é o trabalho da evolução humana, pois só aí se encontra a felicidade a paz ansiada pelos homens.

O Senhor Jesus, nosso Grande Mestre, deixou isso claro quando afirmou, nos Evangelhos que o Maior e Único Mandamento é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como si mesmo”. Aí está claro o Conjunto das Leis de Deus, nelas está contida toda a Sabedoria e Amor.

A Umbanda, “Senhora da Luz Velada”, é um dos Movimentos preparado pelo Astral Superior para levar, a todos os campos da vida humana, a lição evangélica do Amor e da Sabedoria. Precisamente, por isso, a Umbanda não é uma Religião com culto, doutrina ou sacerdócio definidos, ela se espalha e acontece, de acordo com as necessidades dos grupos que a manejam. É um Movimento aberto e sério, desde que aqueles que a professam estejam preocupados com a religação do homem com Deus.

A presença, em todos eles, dos Instrutores Espirituais (Guias e Protetores) que assumem a roupagem fluídica de Caboclos, Crianças, Pais Velhos, já é o alerta principal para a mudança de vida e de valores, dentro da vivência das Leis de Deus.

O Caboclo simboliza a Fortaleza e a Simplicidade, atributo necessário à vivência espiritual. Essa fortaleza só vai existir na simplicidade e serenidade perante a vida, na busca incessante do crescimento espiritual, sabendo valorizar o espiritual, na vivência da presente encarnação.

O Preto-Velho vem simbolizar a Sabedoria e a Humildade, que é fruto da vivência, do sofrimento e do conhecimento das coisas espirituais. Só o sábio é humilde, pois só quem conhece a grandeza e a misericórdia de Deus em relação a nossa pequenez e ignorância é capaz de ser humilde, e compreender os seus semelhantes.

A Criança simboliza, por sua vez, a Pureza e a Alegria de Viver. Essa Pureza está pousada na capacidade de amar na verdade, de confiar na ação do Pai, de ser feliz por existir e saber que é amado, destruindo no coração as mágoas, o orgulho e a vaidade, para amar os seus irmãos no respeito e no perdão.

Assim é a Umbanda. No Templo Espiritualista devemos vivenciar o Movimento Umbandista de forma a trazer para o culto, práticas de tratamentos e estudo, o tripé espiritualista do ESTUDO, DISCIPLINA e TRABALHO, que acreditamos necessário a um movimento ascendente dos seus membros, onde os irmãos que nos procurem encontrem repostas aos anseios dos seus corações, no Coração Misericordioso de Jesus.

Devemos estudar e aplicar os ensinamentos do Evangelho de Jesus; os ensinamentos Esotéricos/Umbandistas; e os ensinamentos Espíritas/Kardequianos, atuando, como médiuns, a serviço do Cristo, no atendimento ao público por meio dos Caboclos, Crianças, Pretos Velhos e Exús, nos trabalhos de incorporação (psicofonia) e nos Tratamentos Espirituais, que devem ser por eles recomendados, de Desobsessão; Anti Goécia, que visa a retirada do acúmulo de fluidos negativos; e na Sessão de Cura dos males físicos, pela atuação de Benfeitores Espirituais (Médicos do Astral), que se fazem presente nesse Tratamento.

Fica claro, para quem bem queira entender, soprando da frente a bruma da vaidade, do orgulho, do amor próprio, etc..., que a Umbanda, conforme a implantou o Caboclo das Sete Encruzilhadas no Brasil, comporta avanços no seu entendimento, comporta a diversidade de escolas doutrinarias, pois ela é uma religião adogmática e aberta a vários tipos de consciências evolutivas. O que nela, na nossa amada Umbanda, não comporta é a permanência na ignorância, nos atavios, crendices e vaidades, pois, de acordo com o Caboclo das Sete Encruzilhadas ela é “a manifestação do Espírito para a Caridade. Não cobrar, não matar, vestir o branco, evangelizar e utilizar as energias da natureza”.

A Umbanda é cristã e, portanto, nela age Jesus sempre e a todo o tempo. As Sagradas Vibrações regidas pelos Orixás, que a Umbanda cultua, são vibrações que emanam das mãos do Cristo Planetário, que, no caso do Planeta Terra, é Jesus Cristo.

Por isso falar de Umbanda sem Jesus é falar de uma seita feiticista e atávica que nada tem a ver com aquela trazida pelo Cab. das Sete Encruzilhadas. O Evangelho do Cristo é o instrumento máximo de reforma íntima e Caminho seguro para frente e para o Alto, e a Umbanda nasceu para ser, por meio de seus Orixás e Guias, arauto solene desse Evangelho libertador.

Umbanda não é mediunismo, o mesmo é um importante instrumento através do qual ouvimos os nossos irmãos do mundo maior, a nos orientar para o caminho de ascensão e crescimento. Qualquer papel contrário em termos mediúnico trata-se, ou de mistificação por Entidades das Sombras ou psicosomatismos anímicos de médiuns sem doutrina e disciplina.

O Umbandista não é o participante de gueto onde pode dar vazão ás suas sandices, vaidades e carências de atenção e afetividade. Ele é participante de célula de um mesmo corpo, que embora diferentes e formando órgãos diversos, são necessárias à formação do corpo com um todo, que no caso, é o Movimento Umbandista.

Nessa comemoração, esse é o sentimento que nos toma: irmãos de diversos Templos, com seus rituais, escolas doutrinárias, e atividades específicas, unidos pelo mesmo ideal e pela mesma fé, no cumprimento da mesma missão, a da Caridade, que quer dizer AMOR. Isso significa que a Umbanda tem a missão de anunciar, ensinar e vivenciar o Evangelho do Cristo em sua intensidade, anunciando o Reino de Deus, que está dentro de cada um, na vivência do amor, pois Deus é Amor.

O que é anunciar o Evangelho? É ensinar que Jesus é Amor e é Caminho. Caminhar em Jesus e com Jesus é caminhar sob a Lei de Deus, na busca do aprimoramento e crescimento espiritual.

E qual é a Lei de Deus a vivenciarmos e que os Orixás, Guias e Mentores têm a missão de ensinar? Ouçamos Jesus nos dizer qual é, no Evangelho de Mateus, cap. 22, versículos 36 a 40: “Mestre, qual é o grande mandamentos da Lei? Jesus declarou-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu pensamento. Eis o grande, o primeiro mandamento. Um segundo é igualmente importante: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”

Aí está a missão desse trabalho de parceria entre médiuns e Espíritos, fazer concreta essa Lei, seja através dos bons conselhos e orientações, seja através do uso disciplinado e sério das energias em favor da cura, limpeza e do alívio das dores do próximo. 

Se não tiver como finalidade o Reino de Deus, que é a instauração de Sua Lei nos corações, Lei essa que é o amor concreto e vivenciado, a Umbanda perde todo o seu status espiritual, pois foge da finalidade a que foi criada, “ser a manifestação do espírito para a Caridade”, cujo fruto, é o fruto do espírito, conforme nos ensina o Apóstolo Paulo na sua Epístola aos Gálatas cap. 4, versículo 22: “Mas eis o fruto do espírito: amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé, doçura, domínio de si mesmo; contra essas coisas não há lei.”

Por tudo isso, dizemos que aquilo a que nos propomos a praticar é a Religião da Umbanda Espírita Cristã.

O certo é que Umbanda, Orixás e Guias têm a mesma missão: Ensinar as Leis de Deus, levando aos corações lenitivo, força e encorajamento, para que haja maior aproveitamento da atual encarnação.

Tudo isso pode ser o Movimento Umbandista, o importante é que traga a Luz do Evangelho às claras e o socorro aos irmãos necessitados de ajuda e consolo. Que apresente a misericórdia de Deus, pela ação Natural dos Orixás, que trazem, nas Forças Sutis por eles conduzidas, os Atributos (virtudes) importantes para nós e a manutenção do nosso Planeta.

Enfim, que ajude o crescimento da humanidade.

Seja a vivência do movimento umbandista, de que ordem for, um marco de seriedade e amparo espiritual aos irmãos que adentrem os seus Templos, nessa marcha pelos caminhos da encarnação, em direção da Plenitude de Felicidade e Paz em Deus, negando-se a ser bengala, mas ensinando a caminhar, ou ser meio de vida de desavisados que a usam para benefício próprio.

A Umbanda, que é a “Manifestação do Espírito para a Caridade” (Caboclo das Sete Encruzilhadas), é a Senhora que desvela, na medida do crescimento dos seus filhos, a grande Luz que guarda velada, a Luz da libertação pelo conhecimento real das coisas do espírito, cuja fonte inesgotável é o Evangelho de Jesus.

Pai Valdo (Sacerdote Dirigente do T. E. do Cruzeiro da Luz)